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Nº 2
Cidades

MÉDICO NÃO DESCARTA TERCEIRA ONDA DA PANDemia MAÍRA SOBRAL ESTAGIÁRIA Com a última atualização do decreto de Distanciamento Social em Alagoas, que mantém o estado na Fase Vermelha, mas autoriza o funcionamento de bares e restaurantes aos finais de semana até às 16h, assim como a volta de banhistas às praias, a preocupação dos especialistas se concentra em como a população irá se comportar com a flexibilização. Para o médico e pneumologista da Santa Casa, Artur Gomes, o maior perigo dessa nova a

Com a última atualização do decreto de Distanciamento Social em Alagoas, que mantém o estado na Fase Vermelha, mas autoriza o funcionamento de bares e restaurantes aos finais de semana até às 16h, assim como a volta de banhistas às praias, a preocupação d

Por Maíra Sobral | Edição do dia 29/04/2021 - Matéria atualizada em 29/04/2021 às 04h00

Com a última atualização do decreto de Distanciamento Social em Alagoas, que mantém o estado na Fase Vermelha, mas autoriza o funcionamento de bares e restaurantes aos finais de semana até às 16h, assim como a volta de banhistas às praias, a preocupação dos especialistas se concentra em como a população irá se comportar com a flexibilização.

Para o médico e pneumologista da Santa Casa, Artur Gomes, o maior perigo dessa nova atualização do decreto é o público desrespeitar o distanciamento e não usar mais máscaras dentro dos estabelecimentos. “O risco não é a flexibilização, mas como a população se protege, porque quando o governo libera parcialmente o funcionamento de determinados setores, como praias, bares e shoppings, ele faz isso considerando que o público vai evitar as aglomerações e continuar usando máscaras, mas se uma das partes descumpre esse plano, não tem como funcionar e entra a possibilidade de uma terceira onda surgir e precisar fechar tudo novamente”, enfatizou o médico.

A título de exemplo, Artur diz que Alagoas não pode seguir o modelo de outros estados e deve considerar os alertas que a comunidade médica tem feito sobre a situação da pandemia no país. “O que não pode acontecer é o que está havendo em São Paulo, que está funcionando como se o estado estivesse na Fase Azul e a população extrapolando nas festas, aglomerações e ignorando totalmente o vírus. Até porque, o desastre que aconteceu com a segunda onda foi no país todo, e nós médicos alertamos várias vezes desde antes do Natal que isso poderia acontecer. Avisamos antes das festas de dezembro, avisamos no mês de janeiro, avisamos no carnaval, tudo isso e a boa parte da população ignorou e acabou resultando no que nós vimos nos últimos dois meses”, advertiu o pneumologista. Por outro lado, o médico afirma que frequentar a praia especificamente não apresenta grandes riscos para o contágio do vírus. “A praia é um ambiente com uma ventilação muito grande, intensa, além de ser um espaço bem amplo, que permite que as pessoas não respirem tanto o mesmo ar, ao contrário do que acontece dentro de um estabelecimento fechado, e por isso as chances de se contagiar na praia são muito baixas. Por isso, o importante é apenas cuidar do distanciamento na faixa de areia e no mar”, instruiu Artur.

PROTOCOLOS SANITÁRIOS NA ORLA

E para os estabelecimentos que vão aproveitar a flexibilização para aumentar seu faturamento, os cuidados precisam ser seguidos rigorosamente, visto que a fiscalização vai continuar. A profissional de Recursos Humanos do popular bar Kanoa, Amélia Braga, revelou que os fiscais responsáveis, especialmente os da prefeitura, estão sempre conferindo detalhadamente se os protocolos estabelecidos estão sendo seguidos. “Os guardas municipais, a vigilância sanitária e os policiais estão vindo direto confirmar se estamos seguindo o decreto e com nosso estabelecimento sempre esteve tudo certo”, explicou a profissional. O bar Kanoa fica localizado na orla da Ponta Verde e é um dos pontos mais famosos entre os turistas do estado e do país, que são atraídos para Alagoas pelo mar cristalino e passeios praianos presentes por quase toda a faixa litorânea. Para garantir a segurança de todos e se manter de acordo com a fiscalização, o estabelecimento reforça o protocolo seguido. “O procedimento aqui é aferir a temperatura antes da entrada do cliente no nosso espaço e orientar para que seja feito o uso da máscara quando for necessário circular no ambiente. Não é permitido ficar de pé e nem dançar, então mesmo tendo música ao vivo, o pessoal precisa continuar sentado durante toda a permanência na casa. Além disso, estamos funcionando apenas com 50% da nossa capacidade, com o limite de seis pessoas por mesa, não sendo liberado acrescentar cadeiras e nem juntar mesas. Enquanto estiverem comendo e bebendo sentados, os clientes da mesma mesa poderão ficar sem máscaras”, contou Amélia.

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