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Nº 5883
Cidades Alagoanos trocam o carro por monociclo elétrico

PRÁTICA É ESSENCIAL PARA EVITAR ACIDENTES, DIZ USUÁRIO

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Por Rafael Reis | Edição do dia 15/05/2021 - Matéria atualizada em 15/05/2021 às 04h00

/Alagoanos trocam o carro por monociclo elétrico
/Maceió, 12 de fevereiro de 2021
Diegho Faria e Marcos Correia, Leva a vida em roda só. Alagoas - Brasil.
Foto:@Ailton Cruz

Eles têm razão em sentir medo, pois vários acidentes já foram registrados pelo mundo, com monociclistas. Em São Paulo, em novembro de 2020, um homem conduzia o monociclo pela Marginal Pinheiros, sem portar nenhum equipamento de segurança e com uma garrafa de cerveja nas mãos. Além disso, sua velocidade era muito elevada. O homem acabou se desequilibrando e caindo na via. O bom da história é que o acidentado teve uma pronta recuperação e voltou a usar o veículo. Por causa disso, Marcos Correia alerta que a prática é algo essencial, a fim de evitar acidentes. “Tem que ter a prática. A gente vai treinando para ter o nível de prática aceitável para segurança. E respeitando também as regras, respeitando as pessoas, sendo precavidos com as situações. A gente também é motorista de carro, de moto. A gente acaba entendendo e antecipando as reações das pessoas”, alerta. Como uma nova modalidade de transporte, muitos se preocupam em como enquadrar o monociclo nas leis de trânsito brasileiras, caso o aparelho seja regulamentado. Marcos, no entanto, não acredita nisso. “Regras de trânsito não serão aplicadas no monociclo. Outros veículos nunca foram regulamentados, como as bicicletas, as cinquentinhas. As cinquentinhas até tentaram regulamentar, mas isso não foi adiante. Emplacaram-nas, mas não fiscalizam. Tem muita coisa para ser fiscalizada e regulamentada do que um veículo elétrico que tem uma velocidade máxima de 50 Km/h”, alega. Para isso, os condutores de uma só roda utilizam do bom senso nas ruas pelo mundo e esperam que outros motoristas também usem. “Não podemos deixar de entender que em toda categoria de atividade existem pessoas e pessoas. Os responsáveis e irresponsáveis. As pessoas que querem causar acidentes de propósito, já que se não tomam os cuidados devidos, para mim, é de propósito. E os que querem seguir as regras”, afirma Marcos.

ADRENALINA

Além de um meio de transporte, o uso do monociclo elétrico também passa a ocupar a mente dos esportistas de plantão. Em alguns países do mundo, algumas competições já podem ser vistas. Em Los Angeles, desde 2019, usuários de monociclo encontram-se para o Los Angeles Eletric Unicycle Games. Os competidores se desafiam em uma série de modalidades para testar suas habilidades em uma roda só. Velocidade, equilíbrio, estilo livre são testados para saber quem é o melhor em cima de uma única roda. Enquanto as competições não chegam em terras alagoanas, Marcos e Diegho usam as belas paisagens do interior do Estado para subir a adrenalina. “Teve uma prova de aventura lá em Satuba. Envolveu corrida, bike, trilha e natação. E nós fomos dar um rolê por lá. Pegamos as trilhas da fazenda, que estavam marcadas para o pessoal da prova, demos um girão lá no meio da mata e passamos próximos de vales”, revela Marcos. Enquanto conversava com a reportagem na orla de Pajuçara, Diegho e Marcos aproveitaram uma área aberta, que conta com rampas para a prática de skate, e fizeram uma pequena apresentação, contando com manobras que exigiram muito equilíbrio por parte dos monociclistas. O uso do monociclo ainda está engatinhando por estas bandas, mas se um dia esses veículos contarão com um grande número de adeptos nas cidades brasileiras, somente o tempo dirá. Porém, seu potencial é enorme. Com a conscientização da população sobre os impactos do homem no meio ambiente e a necessidade cada vez maior de práticas saudáveis de exercícios em uma sociedade mais e mais sedentária, existe, sim, no monociclo elétrico, uma grande oportunidade de mudar os hábitos da população brasileira. RR

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