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Nº 5886
Cidades Luzimar Mendes é mãe da jovem Lívia Maria, de 27 anos: a jovem recebeu a vacina AstraZeneca, no dia 18 de abril

VACINAÇÃO ALIVIA FAMILIARES DE PESSOAS COM SÍNDROME DE DOWN

Na capital, 140 pessoas com Down foram vacinadas apenas na sexta-feira, segundo secretaria municipal

Por greyce bernardino | Edição do dia 22/05/2021 - Matéria atualizada em 22/05/2021 às 04h00

Familiares de pessoas com síndrome de Down se dizem aliviados após parentes serem vacinados contra a Covid-19. Em Maceió, o grupo prioritário já teve a vacinação concluída e, quem recebeu a dose do imunizante, segue com a sensação de proteção. Mas não é à toa. Na capital, segundo a assessoria da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), 140 pessoas com Down foram vacinadas apenas na sexta-feira (14), mostrando que o grupo seguiu atento ao calendário, buscando, claro, se proteger do vírus. Luzimar Mendes é mãe da jovem Lívia Maria, de 27 anos. Luzimar só soube da doença da filha no momento do parto. Mas isso não a abalou. Lili, como gosta de ser chamada, é uma mulher alegre e tem uma vida normal, como certifica sua mãe. Na pandemia, o medo de Luzimar aumentou, passando ela a redobrar os cuidados com a saúde da filha. Quando a vacina chegou, ela não perdeu tempo e Lili logo garantiu a primeira dose do imunizante. A jovem recebeu a vacina AstraZeneca, no dia 18 de abril. Daqui há três meses, portanto, deve receber a segunda dose.

No entanto, mesmo imunizada, Lili segue tomando todos os cuidados. Usa máscara e, constantemente, passa álcool em gel nas mãos. Para a mãe dela, todo o cuidado é pouco.

Lili tem um estudo especial e também faz parte de um projeto para que seja inserida no mercado de trabalho. Na pandemia, as aulas estão acontecendo de maneira remota. A mãe de Lili disse que a filha é estudiosa e bastante carinhosa com seus dois irmãos. O sonho dela é vender biscoitos. Para isso, vem se dedicando diariamente para que as vendas se tornem realidade.

O adolescente Ramon Santos, de 17 anos, também foi vacinado contra a Covid. Ele tem síndrome de Down e recebeu a primeira dose do imunizante na última semana.

“Foi um alívio muito grande acompanhar a vacinação do meu filho. Agora, ele está imunizado, protegido. Os riscos da Covid agora são mínimos. Porém, os cuidados continuam os mesmos”, falou Ana Lúcia, mãe do jovem. Segundo Ana Lúcia, Ramon entende a gravidade do vírus e, por conta própria, busca a proteção adequada. Quando sai de casa usa máscara e, também, costuma repreender quem insiste em aglomerar. “Ele é consciente e gosta quando as pessoas conversam com ele. Ensina algo. Por isso que meu filho tem essas atitudes”, frisou Ana Lúcia. Ela completa que o filho está ansioso para a segunda dose do imunizante. “Ele fica perguntando toda hora quando vai ser furado novamente. Diz, também, que já se sente seguro e que não vai pegar a Covid. Além disso, orienta todos a tomarem a vacina”, disse entre risos. Na família de Ramon, apenas ele e o pai, que é idoso, tomaram a vacina. Sabendo disso, o jovem se preocupa com a saúde dos demais, principalmente do irmão mais novo, de 5 anos de idade.

VACINAÇÃO

Pessoas com síndrome de Down, com idades entre 18 a 59 anos, começaram a receber o imunizante no dia 17 de abril. Esta foi a primeira comorbidade do processo de imunização.

A vacinação em Maceió ocorre em oito pontos: drive-thrus do estacionamento de Jaraguá e da Justiça Federal (Serraria) e os pontos fixos do Maceió Shopping (Mangabeiras), Pátio Shopping (Benedito Bentes), Praça Padre Cícero (Benedito Bentes), Praça do Terminal do Osman Loureiro, área externa do Ginásio Arivaldo Maia (Jacintinho) e Papódromo (Vergel do Lago), das 9h às 16h.

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