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Nº 5759
Cidades Dos 526 óbitos por Covid-19 registrados em Alagoas nos últimos 31 dias, 144 eram de pessoas sem comorbidades

MORTES SEM COMORBIDADES ATINGEM 27%

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Por Hebert Borges | Edição do dia 27/05/2021 - Matéria atualizada em 27/05/2021 às 04h00

Dos 526 óbitos por Covid-19 registrados em Alagoas nos últimos 31 dias, 144 eram de pessoas sem comorbidades, o que dá um percentual de 27%. Os dados são da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) e apontam para o avanço da doença entre pessoas saudáveis. Até essa terça-feira (25), pessoas sem comorbidades representavam o quarto maior grupo de óbitos em Alagoas, com 962 vítimas, o que dá 20% das 4.643 mortes por Covid-19 já registradas no Estado. A diabetes era a comorbidade mais presente nas pessoas que morreram de Covid-19 em Alagoas, atingindo 1.485 pacientes. Logo após aparece a hipertensão (1.534) e a cardiopatia ( 1.000). Nestes 31 dias, as mortes totais avançaram 12,7%, saindo de 4.117 para 4.643. Já as mortes de pessoas sem comorbidades aumentaram 17%. Os números apontam que, neste período, foram, em média, 4,6 mortes diárias de pessoas sem comorbidades. Os últimos boletins epidemiológicos da doença em Alagoas expuseram também que a Covid-19 tem levado pessoas de diferentes idades à morte, como o caso de um menino de três anos da cidade de Traipu, na última segunda-feira (24), e de um jovem de 26 anos de Maceió, na última quarta-feira (5). O infectologista Renato Kfouri, diretor da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações) e membro do Comitê Técnico Assessor do Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde, afirmou, em entrevista ao portal de notícias R7, que ainda há lacunas de conhecimento sobre a resposta imune de cada paciente. “Existem alguns estudos, já realizados com outros vírus, além do coronavírus, que chamamos de herança genética ou monogênicas que tentam explicar o que faz uma criança ou adulto jovem irem mal e um idoso ir bem. Trata-se de algum grau de resistência ou de proteção geneticamente programado do sistema imune”, acrescenta. Segundo ele, o atraso no tratamento da Covid-19 pode ser um risco para seu agravamento, seja pela falta de leitos ou pela demora na procura por atendimento médico.

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