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Cidades A média móvel de mortes por Covid atingiu o pico de 24 óbitos por dia, no dia 15 de abril

ALAGOAS REGISTRA ALTA DE 20% NA MÉDIA MÓVEL DE MORTES POR COVID

Pesquisadores alertaram sobre avanço e pediram a adoção de medidas de controle para evitar o colapso

Por Regina Carvalho | Edição do dia 28/05/2021 - Matéria atualizada em 28/05/2021 às 04h00

A média móvel de mortes por Covid em Alagoas nos últimos 7 dias apresentou um acréscimo de 20%, o que demonstra aceleração da pandemia. Pesquisadores já alertaram sobre esse avanço e pediram a adoção de medidas de controle para evitar o colapso da rede hospitalar e o aumento do número de óbitos.

“A média móvel atingiu o pico de 24 óbitos por dia, no dia 15/04. Depois começou a cair, chegando a 15 no dia 20. De lá pra cá, voltou a subir, o que é mais um indício da piora da pandemia no estado. Nesses últimos sete dias, o aumento de 15 para 18, corresponde a um incremento de 20%”, informou o professor e pesquisador da Universidade Federal de Alagoas, Gabriel Bádue, que coordena o Observatório Alagoano de Políticas Públicas para Enfrentamento da Covid-19 (OAPPEC).

Dados do Ministério da Saúde mostram que, até o último dia 26, Alagoas registrou em relação à taxa de mortalidade 139,7 casos por cem mil habitantes. No Nordeste, apenas os estados da Bahia e do Maranhão apresentaram menores números, respectivamente, 139,4 e 112,9 registros. Sobre a incidência da doença por cem mil habitantes, Alagoas apresentou 5.704,4 casos, maior somente que o Maranhão com 4.055,7 e Pernambuco, com 4.918,5. O último boletim da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) mostra que o estado tem, oficialmente, 190.985 notificações da doença e 4.679 óbitos por Covid. Em boletim divulgado na quinta-feira (27), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) aponta para um novo recrudescimento da pandemia nas próximas semanas. Entre as capitais, vinte apresentam ocupação de leitos de UTIs acima de 80%, Maceió aparece com 91%, percentual menor apenas que São Luís (95%), Teresina (95%), Fortaleza (92%), Natal (96%), Aracaju (99%), Brasília (96%), Campo Grande (97%), Curitiba (96%) e Rio de Janeiro (93%). Segundo os pesquisadores da Fiocruz, na semana encerrada em 22 de maio, houve aumento da taxa que mede a quantidade de novas infecções, o que se soma a altos patamares de testes positivos para o diagnóstico da doença e pode se refletir em crescimento dos óbitos em até duas semanas.

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