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Nº 5796
Cidades

Greve impede exporta��o de toneladas de peixes

DORGIVAL JÚNIOR A greve dos fiscais agropecuários federais, deflagrada desde a última segunda-feira, começa a causar transtornos em portos e aeroportos de todo o País e contabilizar prejuízos financeiros. Segundo informou o secretário-geral da Associaçã

Por | Edição do dia 18/03/2004 - Matéria atualizada em 18/03/2004 às 00h00

DORGIVAL JÚNIOR A greve dos fiscais agropecuários federais, deflagrada desde a última segunda-feira, começa a causar transtornos em portos e aeroportos de todo o País e contabilizar prejuízos financeiros. Segundo informou o secretário-geral da Associação dos Fiscais Federais em Alagoas do Ministério da Agricultura, Geraldo Guimarães, desde o início da paralisação, o Estado deixou de exportar mais de três toneladas de peixes para os Estados Unidos da América. De acordo com ele, antes do início da greve o Porto de Maceió fazia a exportação diária de uma tonelada e duzentos mil quilos de peixes. Geraldo Guimarães, que é fiscal agropecuário federal, ainda não fez o levantamento da quantidade de açúcar que está deixando de ser exportada por causa da paralisação. A entrada e saída das mercadorias necessitam da liberação do certificado dos fiscais agropecuários federais. “Existem acordos internacionais e nenhum país recebe mercadorias que não tenham o nosso certificado”, esclareceu ele, acrescentando que em outros estados o prejuízo com as exportações tem sido até maior. “Alagoas é um Estado com um número pequeno de exportação. Os resultados da greve são sentidos com mais intensidade nos portos e aeroportos de outros estados onde as atividades de exportação e importação de produtos de outros países é bem mais elevada”, destacou o fiscal federal. A paralisação, por tempo indeterminado, foi deflagrada no último dia 15. Os grevistas reivindicam, entre outras pautas, o reajuste e equiparação salarial da categoria, além da reestruturação da carreira de fiscal federal agropecuário, a ampliação dos recursos orçamentários e financeiros. Os grevistas, em todo o País, estão em assembléia permanente. “Queremos que o governo se sensibilize. Estamos nesta luta por quase três anos. Não tivemos outra saída a não ser deflagrar a greve e parar o processo de saída e entrada de produtos de origem agropecuários em todo o País”, frisou. A liberação do certificado para a importação ou exportação de produtos só será efetuada mediante o cumprimento de possíveis liminares judiciais. Ele alerta que a entrada de produtos no Estado sem a expedição do certificado dos fiscais agropecuários federais pode ocasionar a entrada de pragas e doenças no Estado. Alagoas conta com um contingente de 25 fiscais agropecuários federais que fazem parte do quadro da Delegacia Federal de Agricultura em Alagoas. “Queremos contar com o apoio da sociedade”, declarou o fiscal federal. Procuradores A paralisação dos procuradores federais e advogados da União prossegue sem alterações. Na última assembléia executada pela categoria, na terça-feira passada, os grevistas rejeitaram a nova proposta apresentada pelo governo federal, decidindo manter a paralisação por tempo indeterminado, segundo informou a procuradora federal, Auzineide Maria Wallraf, membro estadual da Anprev. De acordo com levantamento da categoria os primeiros prejuízos calculados com a greve demonstram que mais de R$ 39 milhões deixam de ser cobrados na Justiça em função da paralisação.

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