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Cidades

FIOCRUZ APONTA SITUAÇÃO CRÍTICA DA OCUPAÇÃO DE LEITOS DE UTI EM AL

Segundo boletim da instituição, cenário de alto risco exige muita atenção e prudência

Por Hebert Borges | Edição do dia 11/06/2021 - Matéria atualizada em 11/06/2021 às 04h00


A ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) destinados ao tratamento de Covid-19 em Alagoas é crítica. Isso é o que aponta um boletim extraordinário do Observatório Covid-19 Fiocruz, divulgado na quarta-feira (9/6). O documento destaca que Alagoas e outros 11 estados estão com a ocupação de UTIs Covid igual ou acima de 90%. Segundo o documento, o cenário de alto risco exige muita atenção e prudência. Os pesquisadores chamam atenção sobre a necessidade de se combinar medidas para enfrentamento da pandemia nas próximas semanas, até que a maior parte da população esteja vacinada. O mais recente boletim da ocupação de leitos em Alagoas aponta que o percentual ficou em 90% em todo o estado nessa quinta-feira (10). São 390 leitos de UTI para Covid-19 em Alagoas. Destes, 352 estão ocupados. A situação é mais crítica no Interior do Estado, onde 157, dos 170 leitos, estão ocupados, o que dá um percentual de 92%. Em relação aos municípios, Coruripe, São Miguel dos Campos e Palmeira dos índios não têm mais vagas de UTI. São 15 leitos em Coruripe, 20 em São Miguel dos Campos e 10 em Palmeira dos índios. Em Arapiraca, segunda maior cidade de Alagoas, das 75 vagas em UTIs, 73 estão ocupadas, ocupação de 97%. Maceió conta com 220 leitos de UTI e, destes, 195 estão ocupados, o que dá um percentual de 89%. Quanto às medidas de enfrentamento a serem adotadas, enquanto a maior parte da população não está vacinada, os pesquisadores afirmam que, com exceção do bloqueio/lockdown (que é uma medida mais forte e que deve ser adotada para os estados e municípios com taxas de ocupação de leitos UTI Covid-19 de 85% ou mais), devem ser incorporadas algumas ações fundamentais. “É muito importante a utilização de medidas não-farmacológicas, que têm como objetivo reduzir a propagação do vírus e o contínuo crescimento de casos, o que sobrecarrega as capacidades para o atendimento de casos críticos e graves e contribui para o crescimento de óbitos; medidas relacionadas ao sistema de saúde, que visam aliviar a sobrecarga dos serviços e também reduzir a mortalidade hospitalar por Covid-19, por desassistência e por outras doenças, bem como garantir o suprimento de insumos fundamentais para o atendimento; as políticas e ações sociais, cujo objetivo é mitigar os impactos sociais e sanitários da pandemia, principalmente para as populações e grupos mais vulneráveis”, citam. As taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos no SUS observadas em 7 de junho apontam para a persistência de quadro grave de sobrecarga no sistema de saúde pela Covid-19. Em face da vacinação dos idosos e maior exposição de adultos jovens, tem havido uma mudança no perfil etário de pacientes internados, que talvez venha incorrendo em maiores tempos de permanência hospitalar.

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