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Nº 5759
Cidades

Para deputada do PSB situa��o j� foi bem pior

A presidenta da Comissão de Educação da Assembléia Legislativa, deputada Maria José Viana, admite que os números apontados pelo IDJ são negativos em relação a Alagoas, mas justifica que a situação já foi bem pior. “Nós estamos fazendo um trabalho voltado

Por | Edição do dia 21/03/2004 - Matéria atualizada em 21/03/2004 às 00h00

A presidenta da Comissão de Educação da Assembléia Legislativa, deputada Maria José Viana, admite que os números apontados pelo IDJ são negativos em relação a Alagoas, mas justifica que a situação já foi bem pior. “Nós estamos fazendo um trabalho voltado para o jovem, mas ainda é algo tímido”, admite. Nos anos de 2000 e 2001, ela foi secretária estadual de Educação e diz que em sua gestão esse segmento recebeu atenção especial: “Se a gente quer mudar a sociedade, dar atenção à juventude é fundamental. Mas, isso só é possível por meio de empregos e estudo para que os jovens possam cultivar seus sonhos e se considerar capazes de realizá-los”, ensina. E cita como resultado da evolução já conseguida em relação ao segmento informação passada pela Reitoria da Ufal: na última edição do PSS, exame de acesso à universidade que substituiu o tradicional vestibular, 21 mil alunos de escolas públicas se inscreveram e, deles, 11% conseguiram passar. “No começo do governo, o número de inscritos não chegava a mil. O IDJ apresentou esses números adversos em relação a Alagoas primeiro porque compara nossa situação com a de estados que antes já estavam na nossa frente e depois porque antes os dados negativos eram muitos maiores”, justifica. Pobreza A condição do adolescente Rosimário Diniz Bastos, 16 anos, confirma uma das conclusões apontadas pelo relatório da Unesco e contesta outra. O documento desfaz o mito de que o jovem brasileiro seria um “folgado”, alguém que descuida de aspectos como escolaridade e emprego, mas reafirma a relação entre pobreza e defasagem escolar. Morador do Jardim São Francisco, antiga Vila Brejal, uma das regiões que apresentam índices sociais mais negativos em Maceió, mesmo assim Rosimário está na escola, na série correspondente à idade, faz um curso de informática e diz acreditar que tem boas perspectivas no mercado de trabalho. De acordo com o levantamento da Unesco, nada menos de 80% dos jovens brasileiros estudam, trabalham ou têm as duas atividades. A revelação foi considerada uma surpresa no relatório. Sobre escolaridade, porém, o documento mostra que apenas 29,2% dos jovens que freqüentam a escola estão matriculados em uma série adequada a sua idade. Resignação “A maior dificuldade que enfrentamos aqui na comunidade, para esta faixa etária, é o mercado de trabalho”, diz José Ferreira de Macêdo, presidente da Associação de Moradores do Jardim São Francisco. Ele diz que a enxurrada de pedidos de emprego que a associação recebe de jovens moradores chega a desanimar. “A gente até que encaminha muitos deles. Mas, aí vem outro problema: a escolaridade. O governo deveria investir mais nessa área”, cobra o representante da comunidade. A conseqüência é o índice que considera preocupante de envolvimento de jovens em pequenos delitos e consumo de drogas; que atribui à ociosidade. “Não existe emprego e aqui eles não têm o que fazer”, resigna-se o líder comunitário. Dos cerca de 8 mil moradores do Jardim São Francisco, mais de 1,5 mil estariam nessa faixa etária, segundo estimativa da associação.

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