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Nº 5886
Cidades O documento do Ministério da Saúde diz que trata-se de uma síndrome rara

COVID: AL REGISTRA 44 CASOS E UMA MORTE POR SÍNDROME PEDIÁTRICA

Os números divulgados pelo Ministério da Saúde mostram que Alagoas é o sétimo estado do País com maior número de casos

Por Hebert Borges | Edição do dia 24/06/2021 - Matéria atualizada em 24/06/2021 às 04h00

Quarenta e quatro crianças e adolescentes de Alagoas já foram diagnosticadas com a Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P) que é associada à Covid-19. Uma delas morreu. Os dados constam em boletim epidemiológico do Ministério da Saúde (MS). Os números mostram que Alagoas é o sétimo estado do País com maior número de casos. São Paulo lidera com 193 casos. Em todo o País, são 1.010 casos notificados e 65 óbitos. De acordo com o boletim, a SIM-P apresenta quadro clínico de amplo espectro, associada à infecção pelo SARS-CoV-2 em crianças e adolescentes, caracterizada por uma resposta inflamatória exacerbada que acontece dias ou semanas após a infecção pelo vírus da Covid-19.

O documento diz que trata-se de uma síndrome rara, contudo, grande parte dos casos evoluem para forma grave, com necessidade de internação em unidade de terapia intensiva, e pode evoluir para óbito.

Em Alagoas, a maioria dos casos se deu em crianças de zero a quatro anos, com 21 registros, sendo 13 em meninos e 8 em meninas. Na faixa etária de cinco a nove anos, foram 13 casos, e entre os com idade entre 10 e 14 anos, foram 10 casos. O óbito registrado no estado foi de um menino na faixa etária entre 10 e 14 anos.

Em todo o País, há predominância de crianças e adolescentes do sexo masculino 575 (56,9%), e crianças menores, nas faixas etárias de 0 a 4 anos (44,2%) e de 5 a 9 anos (33,5%). Dentre os óbitos, 53,8% foram em crianças de 0 a 4 anos.

De acordo com o Ministério da Saúde, dentre os casos confirmados, cerca de 26,4% apresentavam algum tipo de comorbidade preexistente e mais de 60% dos pacientes necessitaram de internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Os sintomas mais comumente relatados foram os gastrointestinais (dor abdominal, diarreia, náuseas ou vômitos) e estavam presentes em cerca de 84,3% dos casos, 56,3% dos pacientes apresentavam rash cutâneo (manchas avermelhadas), 39,6% apresentaram conjuntivite, 59% desenvolveram alterações cardíacas, 35,5% tiveram hipotensão arterial ou choque e 45,1% dos pacientes apresentaram alterações neurológicas, como cefaleia, irritabilidade ou confusão mental. Evidência de coagulopatia esteve presente em 52,7% dos casos. Cerca de 65,5% dos pacientes apresentaram sintomas respiratórios, incluindo coriza, odinofagia, tosse, dispneia ou queda da saturação.

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