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Nº 5759
Cidades Maceió, 18 de março de 2021
Vacinação de idosos no Papódromo no bairro do Vergel do Lago, em Maceió. Alagoas - Brasil.
Foto:@Ailton Cruz

CUIDADOS COM OS IDOSOS DEVEM PERMANECER MESMO APÓS VACINAÇÃO

Segundo infectologista, é preciso continuar usando máscara e manter a higienização das mãos

Por greyce bernardino | Edição do dia 26/06/2021 - Matéria atualizada em 26/06/2021 às 04h00

A vacinação contra a Covid-19 ainda levanta muitas dúvidas. Há quem questione a eficácia dos imunizantes ou que haja medo de se vacinar. Também há quem se preocupa com as medidas de proteção mesmo após a aplicação da dose contra a doença, a exemplo dos idosos. Diante disso, o infectologista Thiago Ramos explicou sobre algumas dessas questões. Ele também reforçou a importância de verificar bem as informações e buscar fontes seguras e confiáveis para evitar a disseminação de notícias incorretas e/ou falsas. O médico afirma que os imunizantes têm se mostrado muito seguros e efetivos. “Qualquer vacina disponível para a população passa por vários testes e fases. As vacinas contra a Covid-19 que estão sendo utilizadas já foram testadas em milhares de pessoas e, algumas delas, em dezenas de milhares de pessoas”, explicou. Ramos afirmou, ainda, que a resistência às imunizações precisa ser superada e que toda medicação pode apresentar algum efeito colateral, mas que os benefícios que as vacinas contra o coronavírus trazem são maiores.

CUIDADOS

Outro ponto importante, destaca o infectologista, é a segurança que as vacinas causam em algumas pessoas, levando-as a descuidos com cuidados básicos. Ele fala que os idosos devem continuar usando máscara e higienizando as mãos. Mesmo imunizados, os riscos de contrair a doença ainda existem. “Tomar a vacina e descuidar não é o adequado. A recomendação é manter os cuidados. Vacinação é um processo de proteção coletiva, e a gente só vai estar seguro com um maior número de pessoas vacinadas. Estima-se que, se a vacina não for aplicada em pelo menos 70% da população, não tem ninguém protegido”, sublinha. O médico ressalta, também, que a “fase de boa proteção” ocorre após duas semanas da aplicação da dose, mas isso não garante total segurança. “É variável entre as pessoas e nenhuma das vacinas se propõe a proteger 100%, tem aí uma porcentagem que varia de 70 a 95% de proteção. As pessoas podem ter infecção assintomática ou com sintomas leves, mas o mais importante é que ainda podem transmitir o vírus”, reforça Thiago Ramos.

Virgínia Maria tem 68 anos e garante que, ainda, vem tomando todos os cuidados. Ela foi vacinada no último mês, mas não dispensa o uso da máscara. “Eu tenho muito medo do vírus e, sei também, que posso testar positivo mesmo estando imunizada. Eu só não tenho muita chance de ter algo muito sério. Ao menos é o que acredito. Por isso, tomo todos os cuidados. Ainda não estou me aglomerando, e, sempre que saio de casa, uso máscara”.

O marido de Virgínia, Emanuel Afonso, de 70 anos, também toma os cuidados cabíveis. O idoso já teve Covid e, por isso, é mais cuidadoso. “Só eu sei o que passei. É uma doença dura. Você procura o ar para respirar e não acha. Quando fui vacinado, fiquei aliviado. Agora, é se cuidar ainda mais e rezar para a pandemia passar o mais rápido possível. E que a vacina chegue para todos”, ponderou Afonso.

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