Na última semana, foi publicada no Diário Oficial de Maceió uma série de regras com o objetivo de regulamentar atividades informais, os famosos “bicos”, entre os guardas de segurança durante suas horas de folga. De acordo com a inspetora Simone Lima, responsável pela Guarda Municipal, as mudanças favorecem essa classe de trabalhadores, uma vez que impõe normas em algo considerado informal e voluntário.

“Regras servem para manter a ordem, por isso as regras estabelecem a regulamentação de pontos necessários, como cumprimento de horário, uniforme completo e da missão dos guardas de segurança”, explica a inspetora. Quanto aos lugares onde os “bicos” ocorrem com mais frequência, Simone conta que os guardas ficam a postos em qualquer lugar que os chamarem para trabalhar e seja necessário um reforço na segurança, sendo mais comum em locais como o Centro de Maceió, a orla das praias do município, os pequenos eventos que podem ser realizados seguindo as restrições de prevenção à pandemia e, atualmente, os pontos de vacinação também se tornaram locais de serviço extra para essa categoria. Simone conta ainda que o valor recebido nos “bicos” é bastante satisfatório, apesar de não revelar quanto recebem. “Ajuda muito, já que nossa classe não recebe aumento”, conta a responsável pela Guarda de Maceió. Apesar dos fatores positivos, Simone explica que os guardas de segurança continuam correndo riscos enquanto realizam seus serviços, uma vez que “toda atividade demanda riscos”. Por conta disso, mesmo que não exercendo a função de maneira oficial, eles ainda podem portar e utilizar suas armas de fogo enquanto fazem os “bicos”. A inspetora finaliza explicando que, mesmo com as novas regras, nenhum guarda é obrigado a pegar trabalhos extras durante suas horas de folga. “Vale lembrar que tudo foi estabelecido em lei, e que ninguém é obrigado a fazer. Por isso, é um Serviço Indenizado de Adesão Voluntária [Siav]”, conclui Simone Lima.