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APÓS COVID, EXPECTATIVA DE VIDA DO ALAGOANO CAI 1,8 ANO

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A pandemia da Covid-19 trouxe várias consequências para a humanidade, dentre elas foi a diminuição da expectativa de vida devido às mortes causadas pela doença ao longo de 2020 e 2021. Um artigo publicado pela revista Nature mostra que a expectativa de vida do brasileiro caiu 1,3 anos em 2020 e vai cair ao menos 1,8 anos em 2021. Este nível de mortalidade não é visto no país desde 2014, apontou o estudo. Em Alagoas, esse número caiu 1,8 anos em números absolutos. Conforme o artigo, quando se trata dos homens, a expectativa de vida ao nascer em Alagoas caiu, em média, 2,3 anos, enquanto nas mulheres essa média foi de mulheres 1,1 anos. O estudo levou em consideração a base do número total de mortes relatadas no Brasil em 2019 e 2020 com relação às pessoas que têm a partir de 65 anos, a expectativa de vida diminuiu 1,1 anos, sendo que os homens tiveram um maior declínio, com um pouco mais de 1,5 anos e mulheres aproximadamente 0,7 anos.

NÍVEL BRASIL

A redução da expectativa de vida aos 65 ano em 2020 foi de 0,9 anos, colocando o Brasil de volta aos níveis de 2012. O declínio foi maior para os homens, ampliando em 9,1% a lacuna entre homens e mulhere. Nos primeiros 4 meses de 2021, as mortes de Covid-19 representaram 107% do total de 2020. Supondo que as taxas de mortalidade teriam sido iguais às taxas de todas as causas de 2019 na ausência de Covid-19, as mortes de Covid-19 em 2021 já reduziram em 2021 em 1,8 anos, o que é ligeiramente maior do que a redução estimada para 2020 em suposições semelhantes. Antes da Covid-19, o Brasil estava atrás de muitos países da Ásia, Europa e Américas. Na América Latina, pelo menos quatro países experimentaram quedas na mortalidade secular em datas anteriores: Argentina, Uruguai, Costa Rica e Cuba. Entre 1945 e 2020, o Brasil passou de 45,5 anos para 76,7 anos, uma média de quase 5 meses por ano calendário. A maior queda absoluta e relativa entre os estados foi estimada para o Amazonas (3,46 anos), seguido por Amapá (3,18 anos) e Pará (2,71 anos), todos na região Norte. Rio Grande do Sul, na região Sul, foi o único estado com aumento estimado de 2019 a 2020 para ambos os sexos (0,07 anos), mas um declínio para os homens de 0,11 anos.

EXPECTATIVA A PARTIR DOS 65

O declínio estimado para o Brasil foi de 0,94 anos para ambos os sexos, 0,66 anos para as mulheres e 1,17 anos para os homens. Entre os estados, as maiores quedas foram estimadas para Amazonas (3,14 anos), Amapá (2,46 anos) e Pará (2,44 anos). O 65 diminuíram em uma porcentagem maior para homens do que mulheres em todos os estados, refletindo os maiores riscos dos homens de morrer de Covid-19.

“Os estados do Norte e Nordeste apresentam os piores indicadores de desigualdade de renda, pobreza, acesso à infraestrutura e disponibilidade de médicos e leitos hospitalares. No Nordeste, porém, as reduções estimadas na expectativa de vida em 2020 são menores do que no Norte. Os governadores daquela região impuseram as mais rigorosas medidas de distanciamento físico, em oposição direta às recomendações do presidente”, afirmam os especialistas.

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