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DIRETORES DENUNCIAM INSEGURANÇA E DESCASO COM ESCOLA ESTADUAL

Unidade no Bom Parto está isolada e sendo alvo constante de vandalismo

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Diretores e professores da Escola Estadual Cincinato Pinto, no Bom Parto, em Maceió, estão apreensivos com a falta de segurança no bairro (boa parte já desabitada devido aos problemas no solo) diante do iminente retorno híbrido das aulas, anunciado para 15 de agosto, pela Secretaria de Estado da Educação (Seduc). A unidade está isolada na localidade e sendo alvo constante de vandalismo. A diretora da escola, Juliana Cabral, enviou um relatório à Gerência Regional de Ensino, da pasta, expondo a preocupação da comunidade escolar com a situação do prédio. Segundo ela, desde maio, as invasões e os furtos são frequentes. De lá, os vândalos conseguiram levar 16 ventiladores, dois bebedouros, quatro botijões de gás, um aparelho de ar-condicionado, uma escala de metal grande, além de itens de limpeza, lâmpadas e até a placa que continha um poema contando a história da unidade de ensino.

“Tem sido, realmente, uma situação muito triste, constrangedora e de total insegurança para aqueles que fazem parte da escola, apesar de contarmos com o monitoramento da empresa de segurança, e de esta estar nos dando bastante apoio. Um dos meliantes responsáveis por alguns furtos foi preso, porque a direção foi à delegacia e prestou denúncia, mas os furtos continuam e as invasões à escola têm ocorrido diariamente”, destacou a diretora, no ofício encaminhado à Seduc.

Ela relatou que há grande risco para a integridade física dos que estão trabalhando presencialmente, ainda que em forma de rodízio. No último dia 6, por volta das 14h, um suspeito foi flagrado quando estava pulando o muro da escola, sinalizando que as invasões começam a acontecer, também, em horário de atividades com os alunos.

Ela avalia que é impossível a escola continuar funcionando no atual prédio, sob a insegurança e a desocupação do Bom Parto por causa dos problemas com as rachaduras provocadas pela extração de minério pela Braskem. A secretária escolar da Cincinato Pinto, Manuela Ferreira, afirmou que, mesmo sendo informada da situação, a Seduc não tomou qualquer providência até o momento. “As aulas estão previstas para retornar em agosto, e nos foi passado que retornaremos para lá. Ficamos extremamente preocupados e apreensivos por nós e pelos alunos, pois não há segurança para funcionar lá, por causa desse isolamento. Nós queremos voltar a funcionar, mesmo que parcialmente, em outro prédio. No atual, não há a menor condição”, analisa. A mesma preocupação é compartilhada pela professora de Educação Física Sarah Lima. Ela frisa que as crianças atendidas pela escola, do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental 1, necessitam do retorno presencial urgente, mas ela deixa claro que a comunidade precisa de um local seguro. “O cenário do bairro é de muita insegurança para todos, nossa escola está sucateada, sem ventiladores, lâmpadas, vários equipamentos eletrônicos foram furtados, e não temos nenhum apoio da Seduc. A diretora solicitou uma sala na Escola Correia Titara para guardar os materiais que ainda restaram (impressora, máquina de xerox...), mas até isso foi negado. Esse descaso é revoltante”, avalia.

Ela acrescenta que a diretoria já participou de uma audiência pública com todos os órgãos de controle, mas nada foi feito para contornar a situação.

A Seduc não se pronunciou sobre as denúncias.

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