Uma decisão judicial proferida nessa terça-feira (20) impediu o sepultamento dos restos mortais da jovem Roberta Dias, assassinada em 2012 na cidade de Penedo. De acordo com o juiz do caso, a ossada encontrada ainda interessa ao processo. De acordo com a assessoria de comunicação do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL), sob o aspecto processual, a produção da prova pericial ainda não terminou. O juiz ressaltou a preocupação no sentido de se evitar o encerramento precipitado da prova pericial, pois isso poderia, futuramente, dar margem a eventual necessidade de exumação.
Já a assessoria do Ministério Público de Alagoas (MPAL) informou que a ossada da jovem deve ficar guardada no Instituto Médico Legal (IML) enquanto não ocorrer a liberação. Na semana passada a família havia informado que realizaria o sepultamento nesta quarta-feira (21). Na última quarta-feira (14), a Perícia Oficial de Alagoas confirmou que os restos mortais encontrados em abril deste ano, na região do Pontal do Peba, em Piaçabuçu, eram, de fato, de Roberta Dias. A jovem foi sequestrada e assassinada em abril de 2012. À época, ela estava grávida.
A CONFIRMAÇÃO
O setor de DNA do Instituto Médico Legal (IML) de Arapiraca enviou ao Laboratório de Genética do Instituto de Criminalística (IC) amostras de fragmentos de ossos e dentes para o exame de DNA. Após a extração do perfil genético desse material, a perita criminal realizou o confronto genético com o material biológico da mãe de Roberta, a senhora Mônica Reis.
Para realizar os exames, o IML de Arapiraca enviou para o Laboratório de Genética Forense o crânio e 06 elementos dentários da arcada superior pertencentes a ele, encontrados no dia 18 de abril. Também foram analisados um fragmento do fêmur e 04 elementos dentários da arcada inferior pertencentes à ossada encontrada no dia 21 de abril.
O CASO
Roberta Costa Dias estava desaparecida desde abril de 2012, quando tinha 18 anos. Uma testemunha do rapto da jovem, inclusive, foi morta meses após o crime. A suspeita é a de que Roberta tenha sido assassinada após se recusar a interromper a gravidez de três meses. A mãe de Roberta, por sua vez, segue cobrando a conclusão do inquérito.