Burocracia impede libera��o de atestado de �bito em Rio Largo
A burocracia excessiva está complicando a vida de parentes de mortos nos hospitais. Em Rio Largo, uma senhora conhecida como Antônia Guia da Silva, que morreu no Hospital Ib Gatto Falcão, foi enterrada sem o atestado de óbito, segundo denunciou o presiden
Por | Edição do dia 27/03/2004 - Matéria atualizada em 27/03/2004 às 00h00
A burocracia excessiva está complicando a vida de parentes de mortos nos hospitais. Em Rio Largo, uma senhora conhecida como Antônia Guia da Silva, que morreu no Hospital Ib Gatto Falcão, foi enterrada sem o atestado de óbito, segundo denunciou o presidente da Associação dos Moradores do Parque Santa Tereza, Fernando Batista. Não havia guia para que o médico de plantão preenchesse a declaração de óbito. Segundo ele, os parentes da vítima tiveram que esperar o dia seguinte, ir até o cartório, pegar a guia e voltar ao hospital para que ela fosse preenchida. Excesso de burocracia e desperdício de tempo para quem tem uma série de providências que se acumulam num processo de sepultamento, além do próprio sofrimento causado pela perda de um ente querido. Como explicar essa falha? Segundo funcionários do setor administrativo do Hospital, a Secretaria Municipal de Saúde, encarregada de distribuir os formulários de declaração de óbito, não está remetendo para o Hospital. Diante da reportagem, uma funcionária ligou para a Secretaria e perguntou por que não estava mais recebendo as guias. A resposta que recebeu foi de que a Secretaria Estadual só estava mandando 20 documentos, que estavam indo, prioritariamente, para o cartório, onde a demanda é maior. Controle De acordo com a coordenadora do Serviço de Informação e Análise da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Executiva de Saúde (Sesau), Hilzoneta Abreu Araújo, responsável pela distribuição das guias, a Secretaria Estadual tem declarações suficientes para os municípios, mas é necessário haver um controle, por se tratar de um documento tão importante quanto o registro de nascimento ou carteira de identidade. Mas isso não justifica a falta da declaração em um hospital. Tem que ter. Vamos investigar esse caso e saber por que está faltando, garante ela. Segundo Hilzoneta, em cada município tem uma pessoa cadastrada na Secretaria Municipal, responsável por receber e prestar contas dos documentos. A cota é estabelecida com base em estimativas feitas pelo Ministério da Saúde, mas isso não significa ficar sem a declaração, caso a cota não seja suficiente. É só prestar contas das que foram usadas e requerer mais, explica ela, dizendo que se está havendo falhas no repasse para o Hospital de Rio Largo, serão apuradas e corrigidas.