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Nº 5759
Cidades

Patrim�nio hist�rico de Macei� pede socorro

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Por | Edição do dia 28/03/2004 - Matéria atualizada em 28/03/2004 às 00h00

BLEINE OLIVEIRA O desinteresse e despreparo dos órgãos públicos, aliados à ganância de empresários que ignoram a importância da preservação, estão relegando o patrimônio histórico de Maceió ao mais completo abandono. O pouco que ainda resta para mostrar como era nossa cidade no final do século XIX e início do século passado está se perdendo não só pela ação do tempo, mas principalmente pela falta de conservação e pelo vandalismo. Prédios históricos, como a casa em que viveu o renomado escritor Jorge de Lima, estão em ruínas, quando poderiam ser restaurados para preservar nossa história e, ao mesmo tempo, fazer com que Maceió seja conhecida também por seu patrimônio arquitetônico-cultural. “A preservação histórica diz muito da nossa cultura”, afirma a arquiteta Adriana Guimarães Duarte, especialista em monumentos e sítios históricos. Uma das responsáveis pela recuperação do Museu Théo Brandão, Adriana lamenta que tantos conjuntos arquitetônicos estejam abandonados em Maceió, e em cidades como Marechal Deodoro, Penedo, Piranhas e outras. Só um governo que tenha consciência do que significa preservar a história pode impedir que a memória arquitetônica de Maceió se perca, sendo substituída por construções modernistas. O papel do poder público seria recuperar o que ainda existe e investir na educação da sociedade para que esta se torne guardiã da memória patrimonial. Restaurar monumentos históricos é um trabalho lento e principalmente caro. Alto custo “O custo é bastante alto, mas o governo federal disponibiliza verbas que poderiam chegar a Alagoas, a exemplo do que ocorreu para a restauração do Museu Théo Brandão”, declara Adriana Guimarães. O museu, hoje uma das principais referências da cultura alagoana, foi restaurado porque se conseguiu inclui-lo no projeto da Caixa Econômica Federal, que decidiu recuperar um imóvel histórico em cada capital para marcar os 500 anos do descobrimento do Brasil. A restauração da parte física e do acervo custou R$ 1 milhão, verba complementada pela Petrobras. Junto ao esforço por recursos que garantirão esse resgate, Adriana Guimarães considera fundamental que o governo invista em educação patrimonial, ou seja, que consciente a população sobre a importância desse patrimônio. Neste aspecto, ela destaca o projeto Pró-Memória que a Secretaria de Estado da Cultura (Secult) pretende executar. O projeto será desenvolvido nas escolas públicas tendo como alvo principal as crianças.

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