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Pandemia

SETOR DE EVENTOS DE ALAGOAS APELA POR MAIS FLEXIBILIZAÇÃO

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Desde o início da pandemia da Covid-19, a realização de eventos de grande porte na capital alagoana tem sido extremamente reduzida em virtude das medidas sanitárias adotadas pelo governo para diminuir a disseminação do vírus pela cidade.

No entanto, após tanto tempo e com a diminuição de casos, as novas medidas restritivas tornaram possível a reabertura de alguns locais. Entre os mais novos reabertos estão as casas e salões de festas. Apesar da flexibilização, os empresários ainda reclamam dos prejuízos e da falta de perspectivas para o próximo ano. A quantidade de pessoas permitidas dentro dos espaços não cobre os custos do serviço prestado, afirmam.

Luciene Cavalcante, dona da Casa de Festas Florus, que fechou durante um período, por possuir um espaço aberto, acabou tendo uma trajetória diferente de outros empresários. Podendo comportar até 500 pessoas, a casa de festas retornou seu funcionamento no dia 17 de julho deste ano e desde então tem estado bem ocupada, sem vagas até 2022. “Boa parte dos eventos que acontecerão em 2022, são eventos que foram adiados de 2020 e 2021, então não houve novos clientes nesse período” disse Luciene. A Florus conta com apenas dois funcionários, sendo todo o resto terceirizado, o que contribuiu para que nenhuma demissão tenha sido feita. Mesmo assim, Luciene se viu tendo que voltar a sua formação de nutrição e passar a dar aulas.

Quando perguntada da sua expectativa para o próximo ano, se mostrou otimista. Estando com a agenda lotada, mas conversando com colegas do mesmo ramo, viu pessoas que perderam toda sua fonte de renda. “Espera-se que ano que vem a normalidade volte e que tudo dê certo pra todas essas pessoas prejudicadas”. A situação, no entanto, não é igual para todo o setor. Enquanto a Florus tem compromissos até 2022, outros mal têm agenda. “A situação não está boa e não tenho nenhuma expectativa para 2022” disse Tereza Neuman Rocha, do Buffet e Salão Neuman Rocha.

Desde o início da pandemia, a empresa funcionou de forma limitada a partir dos decretos, conseguindo realizar apenas dois eventos durante todo período, sendo um deles fora do salão.

Questionada sobre o mais recente decreto, Tereza Rocha diz que apesar da procura ter aumentado, não fará muita diferença para eles. “O espaço do Amarílis comporta 400 pessoas, e tem sido procurado para festas menores, de 50 pessoas exigidas pelo decreto [do governo do estado]. Mas isso não custeia os gastos do espaço, o que torna inviável realizar qualquer evento”, explica. Desde o início foram demitidos ao menos cinco funcionários, e sem nenhuma expectativa, Tereza Rocha espera que até 2022 o vírus se vá e que esse setor, que vem sofrendo, possa se reerguer e começar a trabalhar novamente.

* Sob supervisão da editoria de Economia.

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