Em meio ao caos instalado com a pandemia, profissionais contratados para atuar lutando com o vírus, precisaram se reinventar, assim salvando vidas através dos seus esforços. Desde o início da circulação do coronavírus no Brasil, médicos, enfermeiras, fisioterapeutas, nutricionistas, recepcionistas e equipes de limpeza se colocaram na linha de frente para cuidar dos acometidos pela doença nos hospitais. Hoje, ao completar pouco mais de um ano de pandemia, a importância dos profissionais da saúde se torna ainda mais relevante. De acordo com dados revelados pelo Sinmed (Sindicato dos médicos de Alagoas) na linha de frente da pandemia na rede pública, cerca de 981 médicos e profissionais da saúde, foram contratados para atuar no combate à pandemia, número esse que é pouco comparado à quantidade da população, mas de acordo com a força de vontade e profissionalismo fizeram um bom trabalho dentro dos meios possíveis para salvar vidas. Desde dezembro de 2019, quando foram notificados os primeiros casos do novo coronavírus pelo governo chinês, as pessoas correm contra o tempo para conterem a contaminação e evitarem mortes da doença que até então ainda era desconhecida. Classificada como pandemia, uma vez que a disseminação do vírus se deu a nível global, o problema se tornou um desafio, especialmente para os profissionais de saúde. Estes, afinal, estão trabalhando na linha de frente para isolar e tratar pessoas infectadas e expõem-se, diariamente, a riscos para salvar vidas. Apesar dos momentos delicados, da pressão sofrida, os profissionais garantem, no entanto, que o maior sentimento que têm é a satisfação. Assim como relata a enfermeira Anny França, que atua na unidade de síndrome Grupal, Jorge Duarte, localizada no bairro do Graciliano Ramos “ No começo da pandemia tive crises de ansiedade, chorava várias vezes em casa, mas quando fui alocada para onde estou agora as coisas começaram a mudar, o maior desafio era ficar frente a frente com pacientes contaminados, mas apesar de tudo a sensação é de satisfação, pois estou ajudando da forma que eu posso ajudar, o que posso fazer para ajudar a vida de uma pessoa, eu faço”, finaliza Anny. Estar na linha de frente em meio a uma pandemia, é um desafio que foi enfrentado dia após dia pelos profissionais da saúde que foram contratados para isso e apesar do medo e insegurança, carregam o sentimento de gratidão como resposta, assim como revela Quitéria Cícera da Silva, técnica de enfermagem atuante no hospital metropolitano de Maceió: “Minha sensação é de gratidão, em ver o paciente em que lutamos pela vida ter alta, lógico que em meio a essa luta, perdemos pessoas, e muitas vezes a tristeza em no auge da pandemia nos sentirmos julgados por algumas pessoas, muitas delas falando que estávamos sendo pagos para matar, mas apesar do medo, pude ver nisso tudo um desafio, que me proporcionou enxergar a humanidade das pessoas e o valor que nós da saúde temos em ajudar a quem precisa’’ Revela Quitéria. O preço pago por cada profissional da saúde durante uma pandemia devastadora, é inimaginável, mas em meio os desafios, lutas e dificuldades, se encontra a força que a saúde tem em união para salvar vidas. O diretor do Sinmed Doutor Márcio Holanda, fala sobre a importância dos profissionais de saúde: Havia uma necessidade de médicos, os médicos que compunham os seus espaços estavam habituados a rotina, mas os novos foram se habituando a rotina da pandemia, não só os médicos, mas todos os profissionais da saúde, ressalto a importância da equipe médica, por salvar a vida de tantas pessoas, no meio da pandemia eles aprenderam e se reinventarar, nós como representantes do sindicato só ficamos com um sentimento de gratidão e muito orgulho da classe, do desempenho pelo trabalho que eles desempenharam e vem desempenhando” ressalta Márcio. Ainda com esse cenário da linha de frente, novas oportunidades surgiram para ajudar a pessoas que desejavam ajudar durante a pandemia, como no caso de João Aimar, instrutor de atendimento pré-hospitalar e primeiros socorros e emergência da empresa TAPHPS ( Treinamento de APH e primeiros socorros) que durante o período pandêmico na atualidade, fundou a empresa com intuito de dá a atenção a aqueles que estavam menos informados sobre o COVID-19, ministrando cursos voltados ao pré-atendimento hospitalar para melhor capacitação do profissional “ Atuei e atuo na linha de frente com o intuito de capacitar aqueles que não tinham as informações que hoje temos, e a sensação saber que estou sendo uma peça fundamental em meio ao caos só me faz ter o sentimento de gratidão.” revela João. No cenário atual, ainda é possível constatar novos casos e óbitos causados pelo vírus e enquanto a vacinação ocorre de acordo com a ordem dos grupos prioritários, e não de forma massiva, o isolamento social, uso de máscara e higienização das mãos, seja com álcool gel ou com água e sabão, seguem sendo os principais modos de prevenção da Covid-19 e suas variantes, assim fazendo a nossa parte, iremos contribuir para o combate ao vírus e viver dias melhores.