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Nº 5856
Cidades

SEM VACINA, CRIANÇAS E ADOLESCENTES ESTÃO MAIS EXPOSTOS AO VÍRUS

Mais de 23 mil infectados em Alagoas estão na faixa etária até 19 anos, que já registrou 55 mortes desde o início da pandemia

Por regina carvalho | Edição do dia 21/08/2021 - Matéria atualizada em 21/08/2021 às 04h00

O avanço da vacinação entre idosos, adultos e jovens leva à preocupação sobre o crescimento de casos de Covid-19 em adolescentes e crianças. Mais de 23 mil foram infectados entre idades de até 19 anos, faixa que já concentra 55 mortes pelo novo coronavírus em Alagoas. Até que esse grupo seja contemplado com a imunização completa, a atenção deve ser redobrada. Essa é a orientação de profissionais de saúde. De acordo com o infectologista Fernando Maia, quem atua nas unidades de saúde, no combate à pandemia, já percebe o quanto os jovens também estão vulneráveis à Covid-19. “A gente já está vendo na prática, vendo mais pessoas jovens infectadas hoje do que adultos, do que idosos que estão maciçamente vacinados. As pessoas mais velhas também estão, boa parte delas, vacinadas. A gente já observa isso nitidamente com a diminuição do número de casos nesses grupos populacionais”, diz Maia. A retomada das aulas, assim como o retorno de serviços não essenciais, provoca o receio de que a pandemia não desacelere. “Então a gente está vendo muito mais casos em pessoas mais jovens que ainda não se vacinaram e que estão se expondo mais. Isso é fato. Não apenas por causa da variante Delta, mas por todas as variantes. Isso já é um efeito da vacinação”, acrescenta o infectologista. O infectologista Reneé Oliveira explica que com as novas variantes, principalmente a Delta, há risco de que jovens adoeçam por Covid-19. “Tudo indica que a variante Delta tudo indica que vai ser prevalente no Brasil. Temos que considerar o que aconteceu fora daqui, nos outros países. Temos que acelerar a vacinação, mas com duas doses. Nós estamos muito distante da meta. Como não foi liberada para as crianças, vacinar os adolescentes e a terceira dose para os idosos e profissionais de saúde”, lembra o médico. “Para outras variantes a primeira dose já segura bastante, mas para a variante Delta somente uma dose de vacina não é suficiente. Quando faz a segunda dá uma proteção grande contra as formas graves. Por isso que tem que tomar a segunda dose. Os idosos e os profissionais de saúde foram vacinados no começo do ano é hora de se pensar numa terceira. A taxa de óbitos ainda é alta em Alagoas porque é pequena a quantidade de vacinados”, acrescenta Reneé. Em nota, a diretora de Vigilância em Saúde Fernanda Rodrigues falou sobre a importância de concluir o ciclo vacinal. “Os especialistas são unânimes em informar que a segunda dose é fundamental para garantir a segurança sanitária da própria pessoa e das pessoas de seu entorno. A segunda dose garante resposta imunológica mais eficaz. O principal risco que se assume, quando não toma a segunda dose, é a própria exposição ao risco de infecção, por não estar imunizada, e a consequente transmissão, em caso de contaminação. Se um grande número de pessoas deixa de se vacinar, o controle da pandemia fica mais distante”, explica. Até o dia 17 de agosto, havia 25,4 mil pessoas com atraso na conclusão do ciclo vacinal em Maceió. “A Prefeitura reforçou os pontos de agendamento para a segunda dose, que também segue disponível nos pontos fixos, e tem reforçado o chamamento, por meio dos veículos de comunicação, para que as pessoas completem o ciclo vacinal. É um cuidado fundamental para a própria segurança e dos demais”, finaliza Fernanda Rodrigues.

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