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Nº 5856
Cidades

MORTE DE IDOSOS POR COVID EM AL TEM REDUÇÃO DE 86% EM AGOSTO

Para infectologistas, queda está relacionada ao avanço da vacinação nesse grupo etário

Por regina carvalho | Edição do dia 28/08/2021 - Matéria atualizada em 28/08/2021 às 04h00

Em agosto deste ano, a morte de idosos com mais de 60 anos por Covid-19 teve redução de 86% em comparação ao mês de março de 2021, período que Alagoas viveu um dos piores momentos da pandemia, com a capacidade hospitalar quase esgotada. Na avaliação dos médicos, a queda está relacionada ao avanço da vacinação nesse grupo, que começou a ser imunizado ainda em janeiro. Dados reunidos pelo painel da Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag) mostram que em março deste ano (do dia 1º ao 26º), 364 idosos morreram após infecção pelo novo coronavírus e, em agosto, foram 50 vítimas nessa faixa. Houve queda substancial de casos e mortes em todas as idades, mas a redução do número de pacientes idosos internados nos hospitais é o que mais chama a atenção nos últimos meses. Para reduzir ainda mais esse número de idosos que desenvolveram a forma grave da doença é que o Ministério da Saúde anunciou a aplicação da dose de reforço a partir da segunda quinzena de setembro em pessoas acima de 70 anos. “Na minha avaliação a faixa etária que teve a maior queda de óbitos foi a faixa etária de idosos e isso se dá principalmente pela cobertura vacinal já finalizada no primeiro semestre ainda. A gente percebeu isso tanto na queda da taxa de ocupação, de hospitalização, quanto de óbito por Covid”, explica a infectologista Sarah Dominique. Em relação à fala da médica Sarah Dominique, o infectologista Reneé Oliveira acrescenta que a queda do número de idosos internados em leitos hospitalares é uma realidade desde que a vacinação começou a avançar no público com mais de 60 anos, mas que ainda representa maior percentual de óbitos pela doença no estado.

CICLO VACINAL

Sobre a morte de pessoas por Covid-19 que tinham completado o ciclo vacinal, o médico Reneé diz que essa situação “estava dentro do esperado, que mortes iriam acontecer sim mesmo em caso de imunização completa”. “A vacina não é 100%, nenhuma é. Há uma diferença entre quem tomou as duas e morreu e quem não tomou nenhuma dose. O percentual é muito maior entre os que não tomaram vacina”, declarou o médico infectologista. De acordo Reneé, nesse momento o Brasil precisa de cobertura vacinal maior do que os 70% e 80% que se pensava inicialmente. “É fundamental a imunização de um maior número possível de pessoas e mais à frente, quando existir a liberação, as crianças também devem se vacinar. Ainda estamos vendo muito casos ocorrendo”, completa o infectologista. Ele justifica que, com as novas variantes, é preciso um percentual maior de vacinados e de forma rápida.

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