loading-icon
MIX 98.3
NO AR | MACEIÓ

Mix FM

98.3
sexta-feira, 27/06/2025 | Ano | Nº 5997
Maceió, AL
24° Tempo
Home > Cidades

Cidades

PANDEMIA AFETA TRATAMENTO DE PACIENTES COM CÂNCER EM ALAGOAS

Espera para realização de exames e consultas pode chegar até três meses

Ouvir
Compartilhar
Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no Whatsapp
Pandemia afeta tratamento de pacientes com câncer em Alagoas
Pandemia afeta tratamento de pacientes com câncer em Alagoas

Além de ter causado 6.201 óbitos em Alagoas, de acordo com dados da Secretaria de Saúde de Estado de Alagoas (Sesau), o novo coronavírus impõe cuidados que, se por um lado ajudaram a conter a disseminação do vírus, por outro afetaram o enfrentamento de outras doenças. Em Alagoas pacientes em tratamento oncológico pelo Sistema Único de Saúde (SUS) tiveram o tratamento interrompido devido à crise sanitária que assolou o País. De acordo com a associada da ONG Mama Renascer Jeane Roberto de Vieira Gomes, de 56 anos, tanto os pacientes em remissão, que precisam fazer o acompanhamento anual, quanto pacientes em tratamento, tiveram dificuldades em marcar consultas e fazer exames. A remissão do câncer é o período em que a doença está sob controle, ou seja, o paciente pode não ter nenhuma evidência da patologia (remissão completa), mas ainda há o risco de reincidência, por isso a importância do acompanhamento médico. “Todos os anos precisamos fazer exames, isso foi afetado também. Independentemente de estar em tratamento ou não, a espera para realização de exames pode chegar até três meses atualmente. Antes da pandemia já havia dificuldades na busca por tratamento, a situação só piorou”, relatou Jeane. A presidente da ONG Mama Renascer, Tânia Maria da Silva, alerta para o aumento de casos da doenças no Estado em relação aos números do ano passado, com base no levantamento feito através do número de requisição recebida pela ONG. Das 150 pessoas que buscaram apoio na organização, 10 foram diagnosticadas com câncer em estado avançado, número superior registrado durante a campanha do Outubro Rosa do ano passado. Segundo Tânia, a falta de transparência da Sesau na divulgação dos dados sobre o aumento da patologia dificulta saber com precisão o número de alagoanos acometidos pela doença. “No começo da pandemia, alguns pacientes, por medo e por conta própria, chegaram a atrasar o tratamento de quimioterapia. Isso foi mais comum ainda nos pacientes que não estavam mais em tratamento com quimioterapia, mas que faziam consultas regulares como acompanhamento. Alguns atrasaram bastante o retorno para as consultas. Ultimamente, temos percebido o retorno desses pacientes ao consultório”, relatou José Ademir Bezerra , médico oncologista da rede hospitalar privada. Procurada pela Gazeta, a Sesau não se pronunciou sobre a denúncia.

Relacionadas