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PREÇO DE ALIMENTOS PARA ANIMAIS ACUMULA ALTA DE 15,4%

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Para Maria Silva, dona do pitbull Logan, a situação tem se tornado cada vez mais complexa
Para Maria Silva, dona do pitbull Logan, a situação tem se tornado cada vez mais complexa -

A realidade econômica do país tem demandado uma série de aumentos para os consumidores, desde a alimentação básica, até os preços dos combustíveis. Todo esse cenário impacta diversas áreas de consumo, e os produtos para animais não fica de fora. Acumulando uma aumento inflacionário maior do que outros setores, o cenário encontrado por donos de pets e pelas ONGs que se dedicam ao resgate e o cuidado animal é cada vez mais preocupante, chegando inclusive tornar inviável o acolhimento de novos bichos resgatados. “Os resgates estão suspensos por tempo indeterminado. Não temos como arcar com as despesas de novos animais e não sabemos quando poderemos retornar”, conta Mylene Leite, coordenadora da ONG Pata Amada. Segundo ela, o acumulo de despesas, entre alimentação, medicamentos e produtos de limpeza, tem demandado cada vez mais, e o cenário é alarmante ao ponto de muitos donos buscarem a organização para se desfazer dos seus bichinhos. “Já buscamos outro fornecedor, com ração de uma marca menos conhecida, mantendo a qualidade, mas com uma melhor custo benefício. Os gastos são fixos e cada bicho demanda cuidados diferentes. O que podemos fazer é trabalhar para a doação desses animais, mas muitos donos já tem nos procura para entregar o seu bichinho, porque já não tem condições de arcar. Não podemos mais pegar nenhum, temos tentado ajudar divulgando para doação”, afirma Mylene. Hoje, o grupo abriga cerca de cem animais, entre cães e gatos. A tentativa de se ajustar aos preços é a esperança para muitos ‘pais de pet’, mas a realidade do mercado tem tornado essas substituições cada vez mais difíceis, principalmente para os animais que precisam de cuidados especiais. “Eu comprava uma ração por R$70, que hoje já está custando R$119 em alguns locais. Eu fui me ajustando, não compro mais o pacote de 18 Kg. Dois pacotes de 10 Kg tem saído mais em conta, mantendo mais ou menos o mesmo preço que eu pagava antes”, afirma Emília Lopes, que mora com seus cinco cães no bairro da Serraria. Para Maria Silva, dona do pitbull Logan, a situação é semelhante e tem se tornado cada vez mais complexa. “Não posso buscar rações mais baratas, no caso dele não consigo pela condição de ser alérgico. A ração saiu de R$90 pra R$230 e são duas por mês e medicamento que era R$50, tá R$72”, afirma. Ela conta que é grande a preocupação por possíveis novos aumentos, e que independe das pesquisas de preço, as alternativas tem sido escassas. “Eu gastava em média 400 reais com Logan, hoje está entre R$ 600 e R$ 750. depende do mês que preciso de mais algum remédio. Graças a Deus eu tenho uma condição para dar a ele o que ele precisa. Mas, se continua aumentando, eu preciso buscar outras alternativa”, relata.

MERCADO

Uma pesquisa realizada pela Euromonitor International apontou que, em 2020, o Brasil superou o Reino Unido e se tornou o segundo maior mercado de produtos pet do mundo, com 6,4% de participação global. Perde apenas para os Estados Unidos, que têm assombrosos 50% do mercado.

* Sob supervisão da editoria de Economia.

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