loading-icon
MIX 98.3
NO AR | MACEIÓ

Mix FM

98.3
sexta-feira, 27/06/2025 | Ano | Nº 5997
Maceió, AL
24° Tempo
Home > Cidades

Cidades

CONSUMO EM FARMÁCIAS TEVE QUEDA DE 30% A PARTIR DO 2ª SEMESTRE

Após aumentos nos preços dos medicamentos, população tem recorrido à medicina natural

Ouvir
Compartilhar
Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no Whatsapp
Imagem ilustrativa da imagem CONSUMO EM FARMÁCIAS TEVE QUEDA DE 30% A PARTIR DO 2ª SEMESTRE
-

A saúde é uma necessidade essencial para qualquer cidadão. No entanto, com os preços em alta em diversos setores do comércio, os produtos farmacêuticos também não ficaram de fora do impacto. É o que sentiu Jamerson Almeida, jovem que faz uso de diversos medicamentos de modo contínuo. Segundo ele, há mais ou menos um mês, o peso dos remédios no orçamento se tornou bastante significativo. "Antes, no que eu pagava R$ 280 a R$ 300, estou pagando agora mais de R$ 400, todo mês. Não tenho outra opção", relata. Devido ao aumento, o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do Estado de Alagoas (Sincofarma-AL), José Antônio Vieira, aponta que o impacto no consumo dos clientes não passou despercebido. "O que mais temos visto hoje nas farmácias é pesquisa de preço. A medicação que dá pra passar sem, a população tá passando. Nos últimos meses, a partir do segundo semestre deste ano, a retração já foi de uns 30% nas vendas", afirma. O sindicalista, no entanto, nega que tenha havido aumento direto no preço dos produtos, sendo os novos valores consequência da diminuição de descontos pelas distribuidoras. "Entre os produtos regulados, o reajuste é apenas anual. Houve então um pequeno aumento, ainda em maio. Mas tudo é uma cadeia”. Segundo ele, a indústria em geral tem ofertado descontos menores aos comerciantes, devido ao aumento da matéria-prima. Já Misael Araújo, proprietário de uma farmácia no povoado de Massagueira, indica ainda outro motivo para o aumento dos preços, o tributário. Segundo ele, o aumento dos preços também reflete aumentos no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS), que varia de estado para estado.

FARMÁCIA NATURAL

Frente à alta dos preços dos medicamentos alopáticos, os fármacos naturais surgem como alternativa para a população. Erivaldo Antônio da Silva, raizeiro há mais de 40 anos, que comercializa produtos naturais nas imediações do Mercado da Produção, afirma que a procura pelas raízes aumentou nos últimos meses. “O babatimão, que é um dos melhores anti-inflamatórios da medicina natural, assim como alecrim, eficaz para infecção e gripe, e a jurubeba que é boa pro pulmão, pra imunidade e até mesmo para quadros de anemia, entre vários outros produtos, são alguns dos que o pessoal mais busca. Além dos lambedores”, conta. Mesmo assim, os valores inflados pela pandemia também atingiram o raizeiro. “Antes da pandemia, o quilo do cravo que era 15 ou 16 reais, hoje está 45. A canela de 12 ou 13 hoje está 75, e o Anis estrelado tá chegando a 150 reais. Então não é fácil. A gente compra menos, que é a solução, e vai trabalhando, para não deixar faltar nada”, destaca Erivaldo. O presidente do Conselho Regional de Farmácia de Alagoas, Robert Nicácio, diz que os medicamentos fitoterápicos e manipulados podem ser uma opção para substituir os medicamentos alopáticos de forma eventual, mas os cuidados são os mesmos daqueles comprado nas farmácias e drogarias. “É importante que a população fique atenta quanto ao prazo de validade, porque os manipulados normalmente têm um tempo menor de uso”, recomenda. * Sob supervisão da editoria de Cidades.

Relacionadas