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Nº 5790
Cidades

Santa M�nica e HU registram superlota��o de beb�s

A Maternidade Santa Mônica e o Hospital Universitário (HU) voltaram a enfrentar esta semana o problema de superlotação nas UTIs Neonatais e nas Unidades de Cuidado Intermediário (UCI). Na Santa Mônica, que possui 12 leitos na UTI e mais 32 na UCI - berçár

Por | Edição do dia 28/04/2004 - Matéria atualizada em 28/04/2004 às 00h00

A Maternidade Santa Mônica e o Hospital Universitário (HU) voltaram a enfrentar esta semana o problema de superlotação nas UTIs Neonatais e nas Unidades de Cuidado Intermediário (UCI). Na Santa Mônica, que possui 12 leitos na UTI e mais 32 na UCI - berçário intermediário - havia ontem pela manhã 56 recém-nascidos de alto risco internados. A situação não era diferente no HU. Na UTI Neonatal do hospital, com capacidade para dez leitos, estavam internados na manhã de ontem 15 bebês. Na UCI, com 12 leitos, estavam internados outros 15 recém-nascidos, a maioria de prematuros e baixo peso. Em fevereiro deste ano, o HU registrou 16 mortes de bebês em sua UTI Neonatal, o que resultou numa mobilização dos Comitês Estadual e Municipal de Combate à Mortalidade Infantil para ampliar o número de leitos em todo o Estado. Na segunda-feira passada, a situação era ainda pior na UTI da Santa Mônica, que chegou a ter 62 bebês internados. O diretor-médico da maternidade, José Carlos Silver, explicou que, como se trata de uma unidade de urgência e emergência em obstetrícia, não há como fechar as portas da unidade para as parturientes de alto risco. Por isso, todos os 90 leitos da maternidade estão sempre ocupados. Dezessete deles estavam ocupados por mães que, apesar de já terem tido alta, têm de permanecer na maternidade para acompanhar os bebês que se encontram na UTI. O Hospital Universitário também estava com todos os seus 48 leitos ocupados. A preocupação da equipe médica do hospital era com a possibilidade de chegada de mais bebês à UTI Neonatal, uma vez que só ontem pela manhã estavam sendo realizados mais três partos e havia 13 gestantes internadas no setor de pré-parto. Nessa situação, os médicos não têm outra alternativa a não ser improvisar, usando até berços normais para acomodar os bebês na UTI. O diretor-médico da Santa Mônica explica que vem sendo feita uma triagem na entrada da maternidade, priorizando o atendimento dos casos de prematuridade extrema, onde os riscos de morte do recém-nascido são maiores. A superlotação, reconhece o médico, aumenta os riscos de contaminação hospitalar.Apesar da superlotação, Silver assegura que o índice de mortalidade entre os bebês internados na maternidade é de 3,5% a 4%, número considerado dentro do normal, já que a maioria dos bebês internados são de prematuridade extrema e de baixo peso. A maioria desses bebês vem do interior do Estado e chegam a Maceió com um quadro extremamente complicado. E o quadro deles piora por causa do transporte inadequado até Maceió, que deveria ser numa ambulância com equipamentos de UTI. Para Silver, o problema da superlotação não se resolve com a ampliação do número de leitos na Santa Mônica. “Pode colocar mil leitos na Santa Mônica que o problema de superlotação vai continuar”. Segundo ele, é preciso investir na criação de Unidade Intermediária - berçários intermediários – em outros hospitais e também instalar UTI Neonatal no interior.

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