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MÃE DE ROBERTA DIAS NÃO CONSEGUE SEPULTAR RESTOS MORTAIS DA FILHA

Mesmo com autorização judicial, Mônica Dias deverá esperar até a próxima semana por certidão de óbito

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Roberta Costa Dias desapareceu em abril de 2012, quando tinha apenas 18 anos
Roberta Costa Dias desapareceu em abril de 2012, quando tinha apenas 18 anos -

Mesmo com a autorização judicial para retirar os restos mortais da filha, Mônica Dias terá de ainda esperar mais para sepultar a filha Roberta Dias, assassinada em 2012. Sem conseguir, a mãe da vítima entrou em desespero por ter de esperar possivelmente até a próxima semana. Na quarta-feira (26), ela esteve no Fórum de Penedo e foi informada que precisa retirar uma nova certidão de óbito da vítima. “Ontem (terça-feira) o juiz liberou os restos mortais, fui no cartório e mandaram buscar a certidão de óbito. Eu fui, quando foi depois disseram que a certidão está cancelada. Fiquei com muita raiva e hoje fui ao fórum novamente e o juiz me explicou que tem que dar entrada no suprimento de óbito para fazer a certidão. Agora vou ter que esperar mais tempo porque tem esse feriado. Deveriam ter me explicado antes, aí fico nesse desespero”, acrescenta a mãe de Roberta.”, explica Mônica Dias. Na terça-feira (26), a Justiça autorizou que a ossada de Roberta Dias – encontrada no Pontal do Peba – fosse liberada pelo Instituto Médico Legal (IML). A decisão é do juiz Nelson Fernando de Medeiros Martins. Na mesma audiência, o Ministério Público de Alagoas (MP/AL) acrescentou à acusação a qualificadora de feminicídio.

“Eu falei com a Mônica. Ontem teve audiência no processo criminal, em que o juiz determinou a liberação dos restos para sepultamento. Hoje ela foi ao Cartório para lavrar a certidão de óbito, mas não conseguiu por conta do prazo para a lavratura (na verdade, pelo que a mãe da Roberta comentou, a tabeliã fez a certidão, mas depois viu que tava fora do prazo e foi até a casa dela pegar de volta). Dei entrada no suprimento de óbito, com pedido de antecipação de tutela para autorizarem o sepultamento imediato, só que foi distribuída para a Vara em que o juiz pediu diligências antes de analisar a tutela antecipada, e a assessora disse que ele não decidiria antes de dar vistas ao MP. Como amanhã é feriado, eu já ajuizei de novo o pedido no plantão daqui da Circunscrição. Estou esperando dar uma folga no Júri que estou pra tentar falar com o Juiz plantonista para ver se ele decide ainda hoje”, explicou o defensor público de Penedo, Thiago Carniatto Marques Garcia.

Uma decisão judicial proferida no dia 20 de julho deste ano impediu o sepultamento dos restos mortais da jovem Roberta Dias. De acordo com o juiz do caso, a ossada encontrada ainda interessava ao processo. O setor de DNA do Instituto Médico Legal (IML) de Arapiraca enviou ao Laboratório de Genética do Instituto de Criminalística (IC) amostras de fragmentos de ossos e dentes para o exame de DNA. Após a extração do perfil genético desse material, a perita criminal realizou o confronto genético com o material biológico da mãe de Roberta. Roberta Costa Dias desapareceu em abril de 2012, quando tinha apenas 18 anos. Uma testemunha do rapto da jovem, inclusive, foi morta meses após o crime. A suspeita é a de que Roberta tenha sido assassinada após se recusar a interromper a gravidez de três meses.

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