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Caso Pinheiro

SONDA DA BRASKEM PODE TER CAUSAdo NOVO TREMOR EM BAIRROS DE MACEIÓ

Após os abalos, Defesa Civil de Maceió determina que petroquímica suspenda perfuração na área

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Depois da tragédia que destruiu o bairro do Pinheiro, novo tremor assusta moradores
Depois da tragédia que destruiu o bairro do Pinheiro, novo tremor assusta moradores -

Após um tremor de terra assustar os moradores do Mutange e Pinheiro, nessa sexta-feira (5), a Defesa Civil de Maceió determinou que a Braskem interrompa os trabalhos de perfuração na área das minas que estão sendo preenchidas. Técnicos da Braskem foram convocados para uma reunião na sede do órgão. Em coletiva de imprensa, a Defesa Civil Municipal explicou detalhes sobre o abalo sísmico que assustou moradores de alguns bairros afetados pelas atividades de mineração da Braskem. O tremor ocorreu em decorrência de uma sonda instalada pela empresa, segundo o coordenador do órgão, Abelardo Nobre. O evento ocorreu próximo ao prédio do Hospital Psiquiátrico José Lopes, de acordo com os sismógrafos e aparelhos de DGPS, que compõem a rede de monitoramento desses bairros. No local, a Braskem, apontada pelo Serviço Geológico do Brasil como causadora do afundamento do solo, realiza o trabalho de preenchimento das cavidades dos poços. Na reunião com a Defesa Civil de Maceió, os técnicos da mineradora afirmaram para a Coordenação da Defesa Civil de Maceió e do Gabinete de Gestão Integrada para a Adoção de Medidas de Enfrentamento aos Impactos do Afundamento dos Bairros (GGI dos Bairros) que duas das atividades desenvolvidas pela empresa para o preenchimento das minas podem ter provocado o evento. Os técnicos ainda explicaram que equipes estavam perfurando um dos poços, que está a aproximadamente 700 metros de profundidade, para poder proceder com o preenchimento das cavidades, o que ocorre numa cavidade vizinha. A segunda hipótese é de que um tubo que era usado na extração de sal-gema, que estava dentro da cavidade, pode ter se deslocado e provocado o sismo. De acordo com o resultado dos equipamentos que monitoram o local, não houve registro de movimentação de solo em outros pontos dos bairros afetados. Ainda de acordo com o Cimadec, o que os moradores dos bairros sentiram foi reflexo desse tremor. “Tínhamos que exaurir os dados para passar as informações completas. O período da tarde foi de reuniões, processamento de dados e cruzamento de informações com a própria Braskem, que esteve presente com os técnicos. O tremor foi em decorrência dessa sonda da Braskem. A atividade da sonda foi suspensa. Diante desse fato, os técnicos identificaram o problema e nós convocamos a Braskem para confirmar os dados”, disse Abelardo Nobre. De acordo com informações do coordenador, às 11 horas e 23 minutos, ele recebeu uma ligação de um engenheiro do órgão, avisando sobre o tremor de 1.41 na Escala Richter. “Nossos instrumentos apontaram que ocorreu entre 180 e 120 metros de profundidade. Ele ocorreu bem próximo à antiga casa de saúde José Lopes. Ocorreu numa sonda da Braskem”, esclareceu Nobre. Abelardo Nobre explicou ainda que uma equipe foi enviada ao local e que a sonda estava a 160 metros de profundidade. Moradores de um conjunto no bairro do Pinheiro e do Mutange, em Maceió, chegaram a relatar a ocorrência de novos tremores na região. Não houve feridos. Em nota, o Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM) informou que pesquisadores em geociências responsáveis pelo acompanhamento do caso tomaram ciência do abalo sísmico, registrado na sexta-feira (5), na região afetada pela subsidência de solo em Maceió, por meio de contato com a Defesa Civil da capital, que foi treinada pelo SGB-CPRM e está tecnicamente habilidade para o monitoramento da região. O Serviço Geológico afirmou que segue acompanhando a situação e reitera o apoio técnico ao órgão municipal, reforçando, ainda, a competência da gestão local para o devido acompanhamento, incluindo o esclarecimento de informações sobre eventualidades na região. As atividades poderão ser retomadas após a conclusão de estudos adicionais sobre o evento. As equipes de Brigadistas e da Diretoria Operacional da Defesa Civil de Maceió estão realizando rondas e vistorias nas regiões próximas do local do epicentro do evento e das áreas no entorno do Mapa 04 de Linhas e Ações Prioritárias.

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