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JUSTIÇA LIBERA RESTOS MORTAIS DE ROBERTA DIAS PARA SEPULTAMENTO

Depois de quase dez anos de uma espera angustiada, a família de Roberta Dias poderá sepultar o corpo da jovem

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Imagem ilustrativa da imagem JUSTIÇA LIBERA RESTOS MORTAIS DE ROBERTA DIAS PARA SEPULTAMENTO
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Uma decisão da Justiça alagoana assegurou que o registro de óbito da jovem Roberta Dias fosse confeccionado por um cartório de registro civil e autorizou o sepultamento dos restos mortais da vítima. A decisão dará fim à angústia da família da jovem, que aguarda havia quase 10 anos o desfecho do crime.

O sepultamento dos restos mortais foi marcado para a próxima terça-feira (16). Em entrevistá à GazetaWeb, a mãe de Roberta, Mônica Reis, demonstrou alívio com a decisão e informou que já está com o documento em mãos para fazer o enterro da filha. “Ainda estou organizando o sepultamento. Deve ser terça-feira pela manhã. Não é o fim que uma mãe espera, mas, em meio à angústia de não saber onde um filho desaparecido anda, saber onde vai sepultar é um alívio na dor. Vamos dar um basta nessa angústia”, desabafou Mônica.

A decisão da 3ª Vara Cível de Penedo é do juiz de direito Luciano Américo Galvão Filho e determina que as medidas sejam cumpridas sem custos ou honorários. “Ante o exposto, julgo procedentes os pedidos da parte autora, devendo ser realizado o Registro de Óbito de Roberta Costa Dias pelo competente Cartório de Registro Civil, bem como autorizado seu sepultamento”, diz trecho da decisão.

IMBRÓGLIOS JUDICIAIS

Desde a confirmação de que os restos mortais encontrados na região da praia do Pontal do Peba, em julho de 2021, eram de Roberta Dias, a família enfrentou um novo martírio. Uma decisão do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL) impediu o sepultamento dos restos mortais, alegando que o material biológico ainda era de interesse do processo. Somente no dia 27 de outubro, a Justiça liberou os restos mortais, que estavam no Instituto Médico Legal (IML). Porém, a mãe de Roberta foi informada pelo Fórum de Penedo que precisaria retirar uma nova certidão de óbito da vítima. À época, Mônica Reis fez um relato indignada à GazetaWeb.

“Eu fui, quando foi depois disseram que a certidão está cancelada. Fiquei com muita raiva e hoje fui ao fórum novamente e o juiz me explicou que tem que dar entrada no suprimento de óbito para fazer a certidão.”

O CASO

Roberta Costa Dias desapareceu em abril de 2012 em Penedo, quando tinha 18 anos. Uma testemunha do rapto da jovem, inclusive, foi morta meses após o crime. A suspeita é que Roberta tenha sido assassinada após recusar interromper a gravidez de três meses.

No último dia 26 de outubro, o caso sofreu uma nova reviravolta.O Ministério Público de Alagoas (MP/AL) acrescentou à acusação a qualificadora de feminicídio, durante audiência de interrogatório dos réus. Com isso, o julgamento foi suspenso. A alteração do teor da denúncia permite à defesa a indicação de novas testemunhas. O depoimento dos réus apenas pode ocorrer após a oitiva de todas as testemunhas.

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