Mais de mil camponeses ligados à Comissão Pastoral da Terra e ao Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MT), iniciam, na próxima segunda-feira, uma marcha em memória dos 19 trabalhadores rurais sem-terra assassinados em Eldorado dos Carajás, no Pará, em 1996. Os trabalhadores irão se concentrar na antiga usina Bititinga, em Flexeiras, e passarão três dias em caminhada até Maceió. A previsão de chegada à Capital é na quarta-feira, 17, considerado o Dia Internacional de Luta Camponesa, quando se encontrarão com a outra Marcha, a do Movimento dos Sem-Terra (MST), que já está na estrada desde a última segunda-feira. Além de homenagear os trabalhadores rurais mortos em Eldorado dos Carajás, a marcha tem, também, como objetivos prestar solidariedade aos 5 milhões de trabalhadores sem terra do Brasil; a desapropriação dos 90 milhões de hectares de terras improdutivas no País; contra o programa banco da terra; a desapropriação das 76 áreas ocupadas em Alagoas; a legalização das áreas ocupadas por posseiros; a prisão dos mandantes e assassinos dos três sem terra assassinados em Alagoas: José Elenilson, Sebastião Felipe e Otávio Amaro.