Jesse � acusado por mais duas mortes e extors�o
GILVAN FERREIRA O assessor do deputado João Beltrão, Jesse James Viana, o Neno, vai ser denunciado à Justiça por mais dois homicídios e crime de extorsão. Os crimes estão sendo investigados pelo delegado de São Miguel dos Campos, Antônio Carlos Lessa.
Por | Edição do dia 14/05/2004 - Matéria atualizada em 14/05/2004 às 00h00
GILVAN FERREIRA O assessor do deputado João Beltrão, Jesse James Viana, o Neno, vai ser denunciado à Justiça por mais dois homicídios e crime de extorsão. Os crimes estão sendo investigados pelo delegado de São Miguel dos Campos, Antônio Carlos Lessa. O motorista Ademir Fernandes denunciou Jesse James Viana e o soldado PM Droco nas mortes de Arkyson Wendel dos Santos, Bicuiba, e de um rapaz conhecido como Pebinha. Os crimes aconteceram em maio de 2002. Os dois corpos foram encontrados no distrito de Lagoa Azeda, em Jequiá da Praia. Segundo Ademir Fernandes Lessa, as duas vítimas foram utilizadas como iscas para a prisão do traficante Antônio Xeba, o Coroa, preso por Jesse James. Os dois rapazes eram consumidores de drogas e teriam revelado o nome de Coroa como o responsável pela distribuição de drogas na região de Coruripe. Bicuiba Em seu depoimento ao delegado Antônio Carlos Lessa, Ademir Lessa contou que Bicuiba desapareceu de Coruripe logo depois de ser detido por Jesse James e pelo policial militar Droco, que é acusado de fazer parte do grupo responsável por vários homicídios em Coruripe. Ademir Lessa disse que o traficante Coroa foi vítima de extorsão por Jesse James. O traficante teria pago a liberdade com um terreno no Pontal do Coruripe, onde Jesse James constrói uma mansão. A testemunha do caso revelou o envolvimento do grupo de Jesse James, em pelo menos mais seis homicídios, que também envolveriam o deputado João Beltrão. Ademir Lessa pediu para ser incluído no Programa de Proteção às Testemunhas do Ministério da Justiça. Reclusão Depois de ser informado sobre as denúncias de Ademir Lessa, o deputado João Beltrão teria forçado o motorista prestar depoimento ao promotor Alberto Fonseca negando as denúncias contra Jesse James e sugerindo que teria sido seqüestrado por delegados da Polícia Civil. Beltrão disse ao promotor que iria se responsabilizar pela segurança de Ademir Lessa, que passaria a morar em sua residência. O depoimento de Ademir Lessa ao delegado Antônio Carlos Lessa foi acompanhado pelos advogados Mary Anne Nunes e Geylo Wanderley Bezerra Júnior.