ODILON RIOS O agropecuarista Gerson Lopes de Albuquerque Júnior, 27, apresentou-se à polícia, na noite de segunda-feira, e foi indiciado por homicídio qualificado, mas não ficou preso, nem mesmo por porte ilegal de arma de fogo. Gerson Júnior confessou ter assassinado o estudante Márcio Edsandro Silva Correia, 23, depois de uma discussão por telefone com a vítima. O assassinato aconteceu às 6h da manhã do último domingo, num posto de gasolina na orla da Jatiúca. O assassino e a vítima disputavam o amor de Marcella Lagrotta, 23. Ela viveu com Gerson durante quatro anos e os dois tiveram um filho, que está com dois anos. Separada, Marcella namorava havia um ano com Márcio. Gerson se apresentou no início da noite de segunda-feira, acompanhado do seu advogado, Antônio Basílio, escondido da imprensa. Foi ouvido na Central Integrada de Apoio ao Cidadão (Ciapc) III, apesar de o caso pertencer ao 2º DP. De acordo com o delegado Dalmo Lopes, do 2º DP, presidente do inquérito, não foi pedida a prisão temporária do acusado. “Como ele se apresentou espontaneamente e pelo que apuramos até agora não há risco de morte para Marcella nem para a família de Márcio, não pedimos a prisão”, alegou o delegado Lopes. Gerson trabalha com o pai, Gerson Lopes de Albuquerque, dono de três fazendas no interior de Alagoas: a Meirim (em Joaquim Gomes), a Boa Sorte (em Atalaia) e a São Salvador (em Rio Largo). A família tem, entre seus membros, políticos de influência em Atalaia. Até ontem, a polícia havia interrogado dois frentistas do posto Stella Maris, a cena do crime, além da namorada da vítima, Marcella Lagrotta. Hoje, às 9h, no Ciapc III, serão ouvidos mais dois frentistas.