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CEASA: COMERCIANTES ESTIMAM QUEDA DE 50% NAS VENDAS

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Com a alta no preço dos alimentos, os comerciantes da Central de Abastecimento de Alagoas (Ceasa) têm sentido no bolso a queda do movimento. A estimativa dos permissionários é de que o movimento caiu 50% nos últimos 90 dias. João Ferreira da Silva, que vende raízes (macaxeira, inhame e batata doce), detalha que os auxílios ajudavam a economia local circular. “Durante o tempo da pandemia, o trabalho aqui foi ótimo porque as pessoas estavam recebendo o auxílio. Esse final de ano, eu confesso a Deus que a gente vai passar por momentos difíceis. Só Deus na causa”, disse João. A alta no preço dos alimentos foi de 12,54% no acumulado de 12 meses e de 21,39% desde o início da pandemia. Em setembro, o índice de alimentos da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) alcançou média de 130 pontos, alta de 1,5 ponto (1,2%) em relação a agosto e de 32,1 pontos (32,8%) em comparação com o mesmo mês de 2020. O resultado mensal, segundo a FAO, é o nível mais alto em uma década e foi impulsionado, em grande parte, pelos preços mais altos da maioria dos cereais e óleos vegetais. Mesmo com a crise, Mariana da Silva Lima resolveu abrir o próprio negócio. Empreendendo há 5 meses, ela conta que sempre trabalhou na Ceasa. “Eu trabalho aqui a um tempo. Estou trabalhando para mim mesmo tá com 5 meses, mas eu trabalhava para outra pessoa. 50% do movimento caiu para todo mundo, é uma reclamação de geral dos comerciantes. A gente chega logo cedo, monta tudo e não aparece cliente, fica todo mundo olhando um para a cara do outro, que não tem clientes para comprar”, disse Mariana da Silva. Mariana conta que o movimento acontece mais na terça e na quinta. “Quem tem mercadinho de bairro, por exemplo, também reclama que caiu o movimento”. A comerciante Silvia Guilherme, que trabalha vendendo cereais como feijão, farinha e outros produtos em geral, conta que existe a escassez dos produtos. “Tem biscoito que falta e, quando encontramos, está mais caro do que o normal. E, por isso, precisamos comprar e repassamos o preço para nossos consumidores. Tentamos ao máximo manter a média de preço, mas está tudo caro”. Silva ressalta, ainda, que os clientes fiéis não deixam de comprar. “O movimento caiu até para os mercadinhos, que faziam as compras com frequência, e agora estão com estoque porque a demanda pra eles também diminuiu”. Apesar da maioria dos comerciantes apontarem a queda, ainda há quem mantêm a esperança em dias melhores. Ismael Gomes da Silva, de 40 anos, vende frutas na Ceasa, e diz que “as coisas estão mehorando”.

“Espero que a cada dia melhore mais. No meu estabelecimento, o preço nem aumentou e nem baixou tá normalizado hoje com certeza tá bem mais barato. Eu acredito que na Ceasa, quando comparamos com outros estabelecimentos, a economia é de cerca de 30 a 40%, um diferencial”, disse Ismael Gomes. Ele diz, ainda, que apesar da crise os consumidores ainda compram. “Nesse fim de ano a expectativa é de que o movimento cresça aproximadamente entre 30 a 40%. Tenho em média 4 funcionários e a depender do movimento do fim do ano vou contratar mais alguém, de forma temporária”.

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