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FALTA DE GARRAFAS PREJUDICA SETOR DE BEBIDAS ALCOÓLICAS EM ALAGOAS

Distribuidores estão preocupados em suprir o aumento da demanda das festas de fim de ano e do verão

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Perdas com a falta de abastecimento de bebidas em garrafas de vidro chegam a 40%
Perdas com a falta de abastecimento de bebidas em garrafas de vidro chegam a 40% -

Fim de ano é sinônimo de festas. Neste ano, as festividades são ainda mais esperadas, depois do relaxamento das restrições impostas pela pandemia no fim de 2020. Porém, algo pode atrapalhar. Por conta da falta de vidro na indústria, fornecedores de bebidas alcoólicas estão tendo dificuldades de suprir a demanda. Muitos aproveitam as férias de fim de ano para tomar sua “cervejinha”, os vinhos no Natal e o champanhe no ano novo. Porém, a falta de embalagens no mercado vem afetando as vendas, tanto para o consumidor final, quanto para bares, restaurantes e hotéis. De acordo com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), no verão, o faturamento aumenta em cerca de 30% nos estabelecimentos de cidades turísticas, como a capital alagoana. Marcondes Bonfim, do setor de compras de um grande depósito de bebidas da cidade, na Jatiúca, falou sobre as grandes perdas que estão ocorrendo em decorrência deste desabastecimento das garrafas. Produtos como destilados e cervejas têm que ser comprados fora de Alagoas para conseguir dar conta da demanda. “Destilados, cervejas, algumas embalagens de produtos sem ser bebida alcoólica também. Tá impactando diretamente, faltando muito produto mesmo. Temos que buscar em outros estados, em Sergipe, Pernambuco”, explicou Marcondes. Ele também explica que as perdas advindas dessa falta de abastecimento já chegam entre 30% e 40%. O depósito também fornece bebidas para bares e restaurantes, mas não está conseguindo suprir a demanda completamente. “Um ou outro produto que está bem difícil, mas é quantidade mínima, 10% ou 20%. Mas o que a gente atende em hotéis, bares, restaurantes, estamos atendendo cerca de 80% da demanda”, afirmou. Quem também sofre com o problema de fornecimento é a Maria Eduarda, também do setor de compras do depósito de bebidas na Ponta Verde. Segundo ela, os fornecedores não estão conseguindo cumprir com os pedidos dos revendedores. “A gente está com uma dificuldade muito grande de comprar alguns materiais por conta da falta do vidro. Então, cerveja que tá faltando, tem umas marcas que tem quase um mês que a gente não vende. A gente pede uma demanda X, eles entregam uma demanda Y.”, reclamou a revendedora. Com a chegada do verão e das festas de fim de ano, essa preocupação aumenta na mesma medida que o consumo sobe na cidade. “Estamos muito preocupados de como é que vai ser o final do ano, agora, esse Natal. Ano Novo e o verão também estão batendo na porta. Aí realmente está bem, bem difícil a compra desse material”, disse. Com o turismo em alta em Alagoas, os hotéis estão lotados. Para suprir os pedidos está sendo complicado. “Os meninos mandam os pedidos pra gente, as cotações, mas a gente não consegue responder porque não tem produto, a maioria em falta. Com os turistas, eles precisam estar 100% abastecidos”. Segundo Maria Eduarda, esse problema persiste desde o início da pandemia. Com as paralisações por conta da Covid, a demanda baixou e as fábricas diminuíram seus gastos. Com a retomada, eles não estão dando conta do grande número de pedidos. Bebida preferida na virada do ano, o champanhe está garantido. Maria Eduarda garantiu que as remessas estão chegando, aos poucos, mas estão chegando. “Agora no final do ano tem a questão que o pessoal toma muito champanhe. Essa parte eles estão conseguindo ainda uma demanda boa. Isso não está dando tanta falta ainda. Está chegando pouco, mas está chegando. Diferente da cerveja, que não chega. Às vezes pedimos 50 caixas e eles mandam 20, 30 caixas. Com a falta de vidro na indústria, os fornecedores não conseguem, ao menos, dar um prazo para melhorar a situação. “Não tem. Eles mandam a gente aguardar. Estamos aguardando há quase dois anos”. Porém, uma boa notícia vem ainda em 2021. Uma das fabricantes dos recipientes de vidro, a empresa francesa Verallia informou que fará investimento de 140 milhões de euros no Brasil, sendo 60 milhões para dobrar a produção de sua fábrica em Jacutinga, Minas Gerais, aumentando sua produção atual de 1,2 milhão de garrafas para 2,5 milhões de garrafas por dia, e outros 80 milhões para focar no mercado de vinhos e champanhes. Porém, esses aumentos estão planejados para iniciar em 2023. Por enquanto, a expectativa dos lojistas do setor de bebidas é que o final do ano traga bons frutos, para compensar as perdas da pandemia.

* Sob supervisão da editoria de Cidades.

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