![Maceió, 19 de março de 2019
Vendas de Armas em loja especializadas e treinamento na escola de tiro. Alagoas - Brasil.
Foto: ©Ailton Cruz Maceió, 19 de março de 2019
Vendas de Armas em loja especializadas e treinamento na escola de tiro. Alagoas - Brasil.
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NÚMERO DE MORTES VIOLENTAS VOLTA A CRESCER EM ALAGOAS
Boletim estatístico da SSP/AL aponta aumento de 13% em ocorrências de homicídios em novembro
Por | Edição do dia 16/12/2021 - Matéria atualizada em 16/12/2021 às 04h00
O número de homicídios em Alagoas saltou de 99 para 112 entre os meses de outubro e novembro deste ano em Alagoas, o que representa aumento de 13% de um mês para o outro. Embora seja 10,4% mais baixo que no mês de novembro do ano passado, o número confirma uma tendência de alta nos casos de mortes violentas nos últimos quatro meses no Estado. Depois de uma sequência de meses em queda, entre maio (90) e julho (74), os números voltaram a crescer em agosto (76), saltando para 94 em setembro e mantendo a trajetória ascendente em outubro (99) e novembro (112).
Os dados constam do Boletim Estatístico de Crimes Violentos Letais Intencionais produzido pelo Núcleo de Estatística e Análise Criminal (Neac) da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP/AL) e apontam tendência de alta nos últimos meses.
A maioria das vítimas são homens (96,4%) com idades entre 18 e 29 anos (41,1%), seguidos da faixa etária dos 30 aos 59 anos (37,5%). Os crimes foram cometidos, em sua maioria, por arma de fogo (74,1%) e arma branca (13,4%) e ocorreram principalmente em vias públicas (49,1%) ou nas proximidades de casas (46,4%).
Quando informada a cor ou raça das vítimas dos crimes violentos, a maioria é identificada como parda (54,5%), branca (14,3%) ou preta (8,9%). “Outras” aparece com 22.3% na identificação racial.
Na análise dos dias da semana em que as mortes ocorreram, houve grande número de casos em quase todos os dias da semana – sexta lidera com 20, seguido de sábado, domingo, segunda e quinta – todos com 18 registros cada. O dia da semana com menor número de ocorrências é a quarta, com cinco registros.
Analisando a tipificação dos casos, 101 são identificados como “homicídio doloso – simples e qualificado”; oito são descritos como “resistência com resultado morte” e oito são tipificados como “roubo seguido de morte (latrocínio)”. A média diária de mortes em 2021 é de 3,12.
MACEIÓ
A maioria dos crimes (34) foi registrada em Maceió, que aparece com 30,3% de todos os casos ocorridos no Estado, todos tendo homens como vítimas. Ainda na capital, 35,3% tinham de 18 a 29 anos e 35,3% tinham entre 30 e 59 anos. Os bairros com maior número de homicídios no mês é o Benedito Bentes, com sete casos, seguido do Jacintinho, com seis. No acumulado do ano, o Benedito Bentes mantém a liderança em número de casos, com 47, seguido de Cidade Universitária, com 39. Nesta análise, o Jacintinho vem em terceiro, com 36 casos.
Segundo município mais populoso do Estado, Arapiraca registrou nove mortes, ou 8% do total de caos no Estado, 100% ocorridos contra pessoas do sexo masculino.
INTERIOR DO ESTADO
Além de Maceió e Arapiraca,foram registradas mortes violentas nos municípios de Barra de Santo Antônio (3), Marechal Deodoro (4), Coruripe (4), Messias (1), Rio Largo (6), Colônia Leopoldina (3), Maragogi (2), São Miguel dos Milagres (2), Atalaia (1), Cajueiro (1), Chã Preta (1), Joaquim Gomes (1), Barra de São Miguel (1), Matriz de Camaragibe (1), Murici (1), Passo de Camaragibe (1) , Porto Calvo (1), União dos Palmares (4), Viçosa (1), Anadia (1), Belém (1), Craíbas (1), Feira Grande (1), Girau do Ponciano (2), Igaci (1), Igreja Nova (1), Junqueiro (1), Lagoa da Canoa (2), Limoeiro (1), Palmeira dos Índios (1), Olho D’água Grande (1), Quebrangulo (1), São Brás (1), São Miguel dos Campos (1), Água Branca (1), Canapi (1), Delmiro Gouveia (1), Major Isidoro (1), Mata Grande (2), Olho D’água das Flores (1), Ouro Branco (2), Poço das Trincheiras (1), Santana do Ipanema (2), São José da Tapera (1).