Ceia
ALAGOANO COGITA TROCAR PERU DE NATAL POR OUTROS TIPOS DE CARNE
Levantamento do Procon revela que o preço da ave tradicional está variando entre R$ 90 e R$ 349


Prato mais esperado na ceia de Natal em todos os anos, o peru pode ficar de fora do cardápio de muitas famílias. Com o aumento do preço das aves em todo o país, muitas famílias estão optando por mudar o tipo de carne servido na noite de Natal. Por conta da disparada do preço do peru, que pode ser encontrado em Maceió na faixa dos R$ 90 até R$ 349, de acordo com o Procon-AL, alguns consumidores destacaram a carne suína como um substituto à ave, como fala Kátia Paiva enquanto fazia suas compras. “Tudo muito caro, extremamente abusivo. Estou pensando em substituir pela carne suína, que está um pouco mais em conta em relação às outras, como o peru, como filé”. “Os preços estão muito altos. Está muito difícil pra gente comprar. Está tudo desenfreado, no país todo. Não sei nem como fazer. Vamos ter que substituir por outros alimentos. Um galeto, pra quem não tiver condição”, disse Betânia, enquanto fazia comprar em um supermercado de Maceió.
O preço do peru em todo o país, acompanhou o aumento do valor de outras carnes disponíveis ao consumidor, como a carne vermelha. O economista Feliciano Azuaga explica que o preço da ave acabou subindo mais que o da inflação, além de outros fatores.
“Subiu até 10% acima da inflação. Tem o fator externo de aumento na demanda por carnes no mundo pós-pandemia, e o principal item que é a ração desse animal. O milho também teve uma disparada nos preços no último ano. A ração ficando mais cara, o preço também sobe”, explicou. O consumidor Nilson Luís destacou que o aumento rápido nos preços também está afetando o bolso da população. “Realmente estão caros. Você chega em uma semana para fazer uma determinada compra e, duas semanas depois, tem sempre um reajuste em cada produto. Está complicado. Tudo aumentou, produtos natalinos, as aves, limpeza. Não podemos fazer loucura e comprar coisas além do que possamos pagar. Tem que procurar sempre o mais em conta. Hoje em dia é economia, economia e economia”, afirmou. Gerente de um supermercado no bairro do Farol, Maciel de Souza demonstra que, apesar das reclamações sobre os preços, a expectativa da rede é de um aumento de até 10% nas vendas de produtos natalinos em relação ao ano passado. “A gente sabe que houve um aumento grande devido os insumos, que estão aumentando muito e a dificuldade é muito grande. Mesmo assim a gente está com a expectativa de venda muito boa, no mínimo uns 10% de crescimento em relação ao ano passado”, revela. Maciel explica o porquê deste otimismo. “As famílias vão comemorar muito neste ano, que por muitos tempo não puderam se juntar e agora elas vão se confraternizar. E eles não vão deixar de maneira alguma de faltar ceia. Vão comprar o peru, as aves. Inclusive já estão comprando antecipadamente. Já chegou antecipadamente e a gente já começou a vender, de acordo com o produto que foi chegando. Acreditamos que no dia de Natal não tenhamos mais para atender os clientes”, completou o gerente.
* Sob supervisão da editoria de Cidades.