app-icon

Baixe o nosso app Gazeta de Alagoas de graça!

Baixar
Nº 5886
Cidades

PADRASTO CONFESSA ESPANCAMENTO E MORTE DE BEBÊ PARA CONTER CHORO

Bebê de 8 meses foi encontrado morto com sinais de agressão em outubro; suspeito foi preso ontem

Por Jamylle Bezerra | Edição do dia 21/12/2021 - Matéria atualizada em 21/12/2021 às 04h00

A polícia prendeu ontem o padrasto do bebê de 8 meses que foi encontrado morto em casa, com sinais de agressões, no último dia 2, no bairro do Tabuleiro do Martins, na parte alta de Maceió. O homem teria contado, em depoimento, os atos de crueldade praticados contra o pequeno Lucas Felipe da Silva.

Em coletiva de imprensa, o delegado Fábio Costa, da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), deu detalhes do caso e contou que o padrasto confessou o crime, alegando que desferiu socos na cabeça da criança e pisoteou o bebê porque ele não parava de chorar.

“O laudo do IML deixou claro que não se tratava de queda. O bebê apresentava diversas fraturas no crânio, com perda de tecido cerebral, inclusive. O crânio estava esfacelado e isso demonstrava que não tinha sido queda. Foi quando interrogamos mais uma vez o padrasto, que confessou e disse que eles estavam bebendo e fazendo uso de drogas, como maconha e crack, quando a criança começou a chorar e ele foi tentar fazê-la dormir do lado de fora, onde era mais ventilado. Foi quando aconteceram as agressões”, afirmou Fábio Costa.

Ao ser ouvido pela polícia, o homem contou que, enquanto estava do lado de fora, chegou a pedir uma camisa limpa à esposa e, quando ela apareceu no muro para entregar, ele disse que estava tudo bem. Ao sair do local, que era escuro, o homem estava completamente ensanguentando. Quando questionado de onde vinha aquele sangue, o homem disse que era da boca da criança, que tinha “mordido a língua”. Mas o que aconteceu, de fato, é que o homem agrediu violentamente o bebê, desferindo murros e chutes contra a cabeça do menino, o que o levou à morte. A gravidade das agressões foi constatada em laudo do Instituto Médico Legal (IML). “Ele deu socos na cabeça e na boca do bebê, e também pisoteou a cabeça da criança porque ela não parava de chorar”, pontuou o delegado responsável pelas investigações. O padrasto, de 19 anos, que não teve a identidade divulgada, teve o mandado de prisão decretado após depoimento colhido pelo delegado Fábio Costa. Na ocasião, o suspeito revelou atos de crueldade que levaram o bebê à morte. À época do crime, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamado ao local da ocorrência, onde constatou que a criança estava morta havia algum tempo, sendo o corpo dela recolhido pelo Instituto Médico Legal (IML). O laudo informou que o bebê sofreu traumatismo cranioencefálico, provocado por instrumento contundente.

Mais matérias
desta edição