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DEZEMBRO E JANEIRO SERÃO DECISIVOS, ALERTAM MÉDICOS REGINA CARVALHO REPÓRTER A evolução da Covid-19 em 2022 vai depender dos cuidados que deverão ser mantidos para evitar a infecção pelo coronavírus, além do avanço da vacinação. A afirmação é do infectologista Fernando Maia. Ele diz que nos próximos anos teremos ainda casos da doença e este mês e janeiro de 2022 serão decisivos para o controle da pandemia. “Daqui a um tempo deixará de ser pandemia e será endemia, como temos outras doenças, po


A evolução da Covid-19 em 2022 vai depender dos cuidados que deverão ser mantidos para evitar a infecção pelo coronavírus, além do avanço da vacinação. A afirmação é do infectologista Fernando Maia. Ele diz que nos próximos anos teremos ainda casos da doença e este mês e janeiro de 2022 serão decisivos para o controle da pandemia.
“Daqui a um tempo deixará de ser pandemia e será endemia, como temos outras doenças, por exemplo. Mas isso vai depender da forma como vamos nos comportar nessas festas de fim de ano e da vacinação. Isso é importantíssimo. Vacinar o máximo possível é fundamental, porque há essa preocupação com a aglomeração nas festas”, explica o infectologista.
Na avaliação do médico, que acompanha a evolução da Covid-19 desde o início, quando o percentual de vacinados ultrapassar 80% (com o esquema vacinal completo), teremos uma situação menos preocupante, porque neste momento a pandemia ainda não está controlada.
“A taxa de ocupação dos leitos para pacientes com Covid diminuiu, mas ainda considero alta. Sem contar que continuamos tendo muitos casos confirmados. Acredito que as variantes são motivos de preocupação ainda, mas basta ver o que aconteceu com a Delta aqui no Brasil. Tivemos casos, mas não causou tantos problemas como em outros países. Acredito que isso tenha relação também com o número de vacinas que usamos aqui. Isso pode ter sido importante para conter algumas variantes”, explica Maia.
FIM DO ANO
O infectologista Fernando Maia reforça que as medidas para conter a infecção pelo coronavírus devem ser mantidas, especialmente com as confraternizações no fim do ano. O médico chama a atenção para a possibilidade de mais problemas respiratórios afetando alagoanos. “Após as festas, depois de poucos meses vem março, quando normalmente ocorre aumento de casos de gripe e outros problemas respiratórios. Se a gente não se cuidar pode aumentar de Covid também”, alerta Fernando Maia, lembrando que evitar aglomerações e continuar usando máscara são medidas ainda necessárias por um bom tempo.
VACINA
Na avaliação do médico Rodrigo Cruz, a chegada de 2022 trouxe muitas dúvidas em relação ao enfrentamento da epidemia de Covid 19 diante da nova variante de preocupação, a Ômicron. “Apesar das expectativas, o Brasil apresenta altos níveis de vacinação, especialmente avançando para a 3ª dose, permitindo uma visão mais otimista, principalmente se conseguirmos incluir as crianças”, explica.
Neste momento, as doenças que devem receber nossa atenção são a pandemia de Covid-19 e os surtos de Influenza A (H3N2 – Darwin), segundo o médico. Ele ressalta que apesar de o Brasil avançar na vacinação contra o novo coronavírus a situação em outros países ainda é preocupante. “Ainda observamos importante desigualdade no acesso aos imunizantes, países próximos da América Latina, por exemplo, apresentam baixos índices de vacinação, colocando em risco o controle mundial da epidemia”, afirma.
Rodrigo Cruz resume que “estaremos mais perto a cada dia do fim da epidemia em 2022 se conseguirmos superar os desafios expostos e investir na vacinação em massa, disponibilizando mais rapidamente, de forma equitativa, garantindo que pelo menos 70% da população de todos os países esteja vacinada.