Esperança...
Foi em junho que o Governo Federal enviou mais de 1,1 milhão de doses de vacinas foram aplicadas e que a capital alagoana antecipou a vacinação para pessoas com 48 anos.
Empatia...
A solidariedade ganhou ainda mais espaço quando a Prefeitura de Maceió lançou a campanha da Vacina Solidária, que arrecadou mais de 1,5 toneladas de alimentos, que foram destinados para famílias carentes da periferia.
Diversidade...
A união homoafetiva ocorreu em um salão de festas da capital alagoana. Apesar de não ser o primeiro casamento entre pessoas do mesmo sexo realizado por pastores no Brasil, foi a primeira cerimônia celebrada por uma mulher, que em muitas igrejas batistas sequer podem exercer função de liderança.
O ano de 2021 começou com muitas narrativas; de incertezas à esperança. Entre o avanço da vacinação, as mortes e os curados pela Covid-19, as mudanças devido às readequações impostas pela pandemia e a tentativa de recuperação econômica. Os alagoanos experimentaram uma montanha russa de informações, sensações e sentimentos diante dos acontecimentos. Pensando nisso, a Gazeta apresenta os principais fatos da editoria de Cidades.
JANEIRO
Foi em janeiro de 2021 que os alagoanos foram surpreendidos com um aumento de 22% de mortes por Covid-19. Já nos primeiros dias do mês, as escolas particulares já iniciaram a preparação para o retorno das aulas. O aumento de 100% dos atendimentos nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) também foi um marco em janeiro. Só que também teve esperança com a recuperação da saúde de uma idoda de 108 anos, que se recuperou da Covid-19, e com a divulgação de 78% da eficácia da Coronavac. Foi nesse mês também que a Prefeitura anunciou que a capital alagoana teria drive-thru e cadastro on-line para vacinação e que os shows em bares e restaurantes estavam autorizados. Um comitê foi criado para a redução da passagem de ônibus. Dois pacientes trazidos de Manaus, devido ao colapso do sistema de saúde daquele Estado, para serem tratados da Covid-19 em Alagoas morreram no Hospital Metropolitano. Um homem de 36 anos e uma mulher de 46.
FEVEREIRO
Em fevereiro, Mangabeiras, Jatiúca, Ponta Verde, Poço, Ponta da Terra, Pajuçara e Jaraguá eram os bairros mais preocupantes com o crescente número de casos de Covid-19. Ao mesmo tempo, com o início da vacinação em Alagoas, mais de 20 mil doses da vacina já haviam sido aplicadas na capital alagoana. No auge da pandemia, o Carnaval foi adiado porque Satuba, Roteiro e Maceió registraram as maiores altas de óbitos. A Braskem instala sismógrafos para monitorar afundamento de solo. Um fato inusitado chamou atenção nesse mês, quando um homem montado em um cavalo e de posse de um facão assaltou uma mulher. Um sobrevivente da gripe espanhola recebeu a primeira dose da Astrazeneca.
MARÇO
No mês de março, uma boa notícia aqueceu os corações alagoanos com a queda de infectados e óbitos por Covid-19, mas também teve notícia que preocupou como foi o quase colapso dos hospitais particulares. Alagoas se aproximou do pico da primeira onda de Covid-19. Nesse período, 9 bebês foram internados em uma UTI da Santa Mônica. As UPAs de Maceió registraram 67% dos leitos ocupados. Quando o assunto foi violência, mais de 76% dos homicídios em Maceió ficaram sem solução. Já quando o tema é vacina, a capital deu aula ao enviar 98% dos dados em tempo real. Carros-pipa voltaram a abastecer municípios que sofrem com a seca. Para o jornalismo alagoano, março ficou marcado pela perda do diagramador e jornalista Sandro Oliveira.
ABRIL
Em abril, pesquisadores e médicos alertavam que a Covid iria desacelerar com 25% da população vacinada. Pensando nos profissionais da linha de frente, os profissionais da segurança começaram a ser vacinados. Com o avançar da pandemia, o número de usuários de planos de saúde cresceu. Por outro lado, 7 mil profissionais de saúde foram infectados pelo novo coronavírus. Em seis meses, o número de trabalhadores do setor contaminados aumentou 17%. Foi nesse mês que as chuvas deixaram desabrigados no interior de Alagoas. Outra vez, o coração do jornalismo alagoano volta a chorar pelas perdas de colegas. Dessa vez, Falcon Barros e Bernardino. João Ferreira, presidente da Adefal, também foi uma das vítimas.
MAIO
No mês de maio, Alagoas atingiu uma marca importante quando recebeu mais de 1 milhão de doses da vacina enviadas pelo Governo Federal. Porém, quando o assunto é feminicídios, o estado registrou crescimento no 1º trimestre. Na área da saúde, um infectologista denunciou a falta de remédios para pessoas com HIV no Hospital Hélvio Auto. Apesar da vacinação ter avançado, Alagoas registrou o 3º menor percentual do nordeste de pessoas vacinadas. O número de mortos sem comorbidades aumentou 129% no estado. Também nesse mês, o juiz John Silas morreu em decorrência da Covid aos 70 anos. Um fato histórico marcou a medicina alagoana quando a Santa Casa de Maceió fez o 1º transplante de fígado. Outro marco foi quando as autoridades de saúde divulgaram que os idosos com 60 anos ou mais já haviam se vacinado, sendo assim, a capital alagoana se tornou a primeira cidade do país a concluir os grupos prioritários.
JUNHO
Em junho, sem as tradicionais festas juninas em decorrência da Covid-19, quatro municípios registraram ocupação de 100% dos leitos. Em Maceió, a Prefeitura identificou que o auxílio funeral aumentou 32,7% e o mês ficou como o que mais teve morte por coronavírus em Alagoas. Com o avanço da vacina, os bares e restaurantes tiveram o horário ampliados e as praias foram liberadas. No 1º semestre, Alagoas registrou 21 mil nascimentos.
JULHO
O mês de julho começou triste com a morte de dois bebês e mais 18 pessoas da covid-19. 640 gestantes foram infectadas e 19 morreram no estado. Alagoas teve a segunda menor taxa de mortalidade por covid do Nordeste. O percentual de mulheres assassinadas sobe de 7,8% para 9%. Os bairros do Litoral Norte de Maceió têm menos casos e óbitos por covid. Devido ao aumento no número de mortes, os cemitérios estavam lotados e o IML chegou a acumular 100 corpos à espera de vaga em cemitério para sepultamento. No campo policial, o chefe do grupo criminoso ameaçava vazar imagens íntimas de homens casados.
AGOSTO
Em agosto, a variante Gamma predominou com aumento de 51,3% em 15 dias. Apesar disso, com 222 mil pessoas curadas em Alagoas, Maceió iniciava a 1º dose em pessoas a partir de 26 anos. Foi nesse mês que o Governo Federal somou 2,5 milhões de doses enviadas para o Estado. Com mais oito mortes, Alagoas se aproximou dos 6 mil óbitos por covid. Foi também nesse mês que os jovens de 19 anos começaram a se vacinar. No trânsito, em apenas 7 meses, mais de 200 veículos foram apreendidos por transporte clandestino na capital.
SETEMBRO
No mês de setembro, um mapeamento das secretarias de saúde identificou que 17 municípios não tinham casos de covid-19 em investigação e Alagoas teve uma queda de 76,9% do número de casos confirmados, o que foi confirmado por uma pesquisa da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) que afirmou que a pandemia estava sob controle no estado. Antes erradicado, Alagoas registrou onze casos de sarampo.
OUTUBRO
Já em outubro, o número de casamentos cresceu 52%. Na área da saúde, Maceió registrou um aumento de 50,5% de casos de dengue e 31,3% de zika. Em meio a tantas turbulências, eis que uma esperança surge, uma idosa que ficou internada por 6 meses, recebeu alta. Além dela, 96% da população diagnosticada com a doença se recuperou. Nesse tempo, 50% da população estava vacinada e os especialistas já orientavam a vacinação de crianças. Foi nesse mês que mais um colaborador da OAM morreu. Pereira, conhecido como pereirinha, sofreu um acidente e não resistiu aos ferimentos.
NOVEMBRO
Em novembro, a procura por atendimento a síndromes gripais recuou 56%. Correios iniciou a campanha Papai Noel dos Correios, para distribuir presentes para crianças e adolescentes carentes. Surto de sarna em estados deixa população preocupada. Estudiosos atrelam ao uso de medicamentos e gera debates.
DEZEMBRO
No último mês do ano, dezembro, uma nova gripe é identificada. Dessa vez, além do tipo A (H1N1), identificaram o tipo H3N2. Um surto de síndromes gripais é identificado em várias partes de Alagoas. Unidades de Saúde lotadas. O número de HIV/Aids cresce. Com o avanço da vacinação, os drives da vacina são desativados. Mulheres quilombolas foram à praia pela primeira vez. Prefeituras cancelam shows e mantêm queima de fogos, principalmente em polos turísticos. O Estado chegou a marca de quatro dias seguidos sem mortes por covid-19. É a 12ª vez neste ano que o boletim epidemiológico traz apenas casos da doença, sem mortes.