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Cidades Maceió, 10 de outubro de 2020
Pessoas de máscara andando nas ruas do comércio de Maceió. Alagoas - Brasil.
Foto: ©Ailton Cruz

COVID: ESPECIALISTA DIZ QUE NÃO É HORA DE RELAXAR NOS CUIDADOS

Com a disseminação da variante ômicron, os cuidados devem ser mantidos

Por Jamylle Bezerra | Edição do dia 15/01/2022 - Matéria atualizada em 15/01/2022 às 04h00

Não há dúvidas de que o fim da pandemia é o desejo de muitas pessoas para o ano de 2022. A verdade é que todos já estão cansados de usar máscaras, de ficar longe de pessoas queridas e de evitar aglomerações, mas são justamente esses cuidados que têm feito com que haja um controle da Covid-19 em todo o mundo. Para especialistas, ainda não é hora de relaxar, especialmente quando estamos diante de uma variante extremamente contagiosa, como é a ômicron. Como tudo ainda é muito novo, apesar de estarmos vivendo esse momento há quase dois anos, a infectologista do Sistema Hapvida, médica Silvia Fonseca, ressalta que o melhor, neste momento, é que a população continue se concentrando no que realmente funciona: uso de máscaras, distanciamento social, não às aglomerações e vacinas. Ela considera que estamos em plena pandemia, não controlada, em especial entre as populações não vacinadas. “Apesar de muita gente já ter sido vacinada, há milhões de pessoas que ainda não tomaram nenhuma vacina, e isso permite que esse vírus se replique e forme variantes cada vez piores”, pontua a profissional. Ao mesmo tempo em que essa nova cepa preocupa, o início da vacinação de crianças de 5 a 11 anos acende uma chama de esperança e é o caminho para, quem sabe, estarmos perto do começo do fim da pandemia. A médica ressalta ainda que a vacinação de crianças contra a Covid-19 é extremamente segura e que não há motivos para que os pais não queiram imunizar seus filhos, em especial neste momento delicado que estamos vivendo. “A vacina da Covid-19 em crianças é muito segura. Ela tem excelente resposta neste público, cerca de 90% de eficácia contra casos sintomáticos. O imunizante é específico para este grupo, e a dose equivale a cerca de um terço da que é administrada em pessoas com 12 anos ou mais. Por enquanto, só a vacina da Pfizer está liberada para crianças no Brasil”, diz a médica infectologista, lembrando que ela pode ser aplicada nos pequenos junto a outros imunizantes. Segundo ela, para que realmente tenhamos uma redução significativa dos casos de Covid-19, não apenas em crianças, como também em adultos e idosos, precisamos ter certeza que as medidas de proteção contra a doença estão sendo efetivas, isto é, vacinação somada ao uso de máscara, evitar aglomeração e higienização frequente das mãos. “Não é hora de relaxar. O cuidado protege você, sua família e todos nós”, diz.

O COMEÇO DO FIM?

Esta semana, em entrevista ao UOL Notícias o epidemiologista e pesquisador Pedro Hallal foi otimista e, ao mesmo tempo, ousado, ao apontar a ômicon como ponto de partida para o abrandamento da pandemia. Para ele, esta variante, que é considerada mais contagiosa, mas com sintomas mais leves, pode fazer da Covid-19 uma doença endêmica (comum) e não mais epidêmica ou pandêmica. Quem sabe o desejo das pessoas do mundo inteiro para este ano não esteja perto de se concretizar? Enquanto isso não acontece, sigamos o que recomenda a ciência e os estudiosos no assunto. As vacinas estão disponíveis em diversos postos de saúde da capital e não é preciso fazer agendamento. Para quem já tomou a segunda dose, é importante ficar atento ao tempo de espera para tomar a dose de reforço do imunizante, ou a 3ª dose, como muitos preferem chamar.

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