Cidades
TJ julga habeas corpus de advogada foragida

GILVAN FERREIRA O Pleno do Tribunal de Justiça de Alagoas deve julgar hoje o pedido de habeas corpus preventivo da advogada Cláudia Regina de Souza Pontes, acusada de envolvimento com uma quadrilha de policiais civis. O relator do recurso é o desembargador Orlando Manso. O procurador-geral do Ministério Público, Carlos Alberto Torres, deu parecer favorável à concessão do habeas corpus. Em seu parecer, o procurador Carlos Alberto Torres considerou que a decretação da prisão da advogada Cláudia Pontes pelo juiz da 1ª Vara Criminal, Daniel Accioly, foi ?desfundamentada? e ?desnecessária?. A decisão sobre a concessão do habeas corpus preventivo vai ser dada pelos 11 desembargadores do Pleno do Tribunal de Justiça. Foragida Cláudia Pontes, que está foragida desde o dia 4 de maio, data do decreto de prisão do juiz Daniel Accioly, é acusada de formação de quadrilha, concurso de pessoas e concurso material. A advogada é irmã do policial civil José Alfredo de Souza Pontes, acusado de liderar a quadrilha supostamente envolvida na ?guerra? de policiais civis e em crimes de pistolagem. O advogado de Cláudia Pontes, Fernando Falcão, prometeu apresentá-la à Justiça logo depois do julgamento do pedido de habeas corpus. Bicheiro A quadrilha também teria a participação do bicheiro Plínio Batista, que está preso no presídio Baldomero Cavalcanti, mas pode ganhar a liberdade a qualquer momento. Os advogados de Plínio Batista entraram com um pedido de revogação da prisão na 1ª Vara Criminal e com um pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça de Alagoas. Além do bicheiro Plínio Batista e da advogada Cláudia Pontes, o juiz Daniel Accioly ofereceu denúncia contra os policiais José Alfredo de Souza Pontes (o ?Alfredinho?) e Robson Rui Gomes de Araújo, os empresários Sérgio Murilo de Araújo Leite (o ?Sérgio do Ovo?) e Vanilo Lima da Silva, o ex-PM Josué Teixeira da Silva, Ivanildo Pareira da Silva (o ?Bitelo?) e Walkmar dos Santos. Eles são acusados de envolvimento nas mortes dos policiais civis Valter Dias Santana e Sinvaldo José de Souza Feitoza e do estudante de Direito Flávio Humberto, morto por engano por integrantes da quadrilha, quando chegava ao apartamento do policial Valter Lima, na Rua Belo Horizonte, Farol. Flávio Humberto foi morto quando dirigia o veículo de Valter Lima.