Alagoas voltou a contabilizar cinco mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas, segundo o Boletim Epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau). Com os novos registros, Estado soma agora 58 mortes em decorrência de infecção pelo novo coronavírus somente no mês de janeiro. Os números de casos vêm crescendo nas últimas semanas.
Somente ontem foram registrados 577 novos casos confirmados de pessoas infectadas pelo vírus. Com isso, Alagoas já soma 258.240 casos da doença, 16.160 novos casos contabilizados somente em janeiro, média de 521 por dia. Em um único final de semana, segundo a Sesau, o Estado chegou a registrar 2 mil casos de infecção por Covid.
Sobre o número de mortes em janeiro, chama a atenção o fato de que cinco crianças estão entre as vítimas. Inclusive, um récem-nascido de 7 dias foi infectado pelo vírus, vindo a óbito em Água Branca, no interior alagoano. Também foram vítimas da Covid-19 em janeiro dois bebês de 1 e 3 meses, uma bebê de 1 mês e uma criança do sexo masculino de 10 anos. Todos eles residiam no interior do Estado. No total, o Estado já registrou 6.441 óbitos. Com esse número, Alagoas figura entre os Estados que estão com a curva de mortes por Covid-19 em alta.
ALERTA PARA VACINAÇÃO
Especialistas e unidades hospitalares alertam que grande parte dos internados em leitos de UTI do SUS não tomaram a vacina ou não completaram o ciclo vacinal contra a Covid. No Hospital Metropolitano, por exemplo, todos os pacientes internados não tomaram as duas doses do imunizante, segundo a direção da unidade.
“As pessoas não imunizadas têm maiores chances de se infectar e de desenvolver formas graves da Covid-19, como também de ficarem internadas”, diz a médica infectologista Claudiane Bezerra. Em Alagoas, após um ano do início da vacinação, mais de 286 mil alagoanos ainda não tomaram nenhuma dose contra Covid, o que preocupa a especialista.
A médica lembrou que o objetivo principal da vacina é evitar casos graves da doença, que possam ter como desfecho internação em UTI e óbito, e evitar a disseminação do vírus. “Observamos que, neste momento, as pessoas que estão se internando com a Covid-19 são aquelas que não tomaram a vacina ou que não concluíram o esquema vacinal. A vacina é importante para evitar formas graves da doença, levando a sintomas mais brandos, e deixa o indivíduo com potencial de carga viral mais baixo, fazendo com que ele dissemine menos o vírus”, frisou.
Ainda sobre as vacinas, Claudiane destacou que a capacidade de proteção delas está diretamente ligada à quantidade de vírus que circula nos ambientes. Por isso, segundo ela, é importante que a população continue obedecendo aos protocolos de segurança e, principalmente, cuidando do distanciamento social, para ajudar a evitar a disseminação.