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Nº 5797
Cidades

CBTU avisa que trens urbanos ficam parados at� a pr�xima 4a

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Por | Edição do dia 05/06/2004 - Matéria atualizada em 05/06/2004 às 00h00

FELIPE FARIAS Somente na próxima quarta-feira é que a CBTU (Companhia Brasileira dos Trens Urbanos) em Alagoas terá a previsão de quando serão restabelecidas as viagens nos trens urbanos que liga Maceió a localidade de Lourenço de Albuquerque, em Rio Largo. As composições estão paradas desde terça-feira porque alguns trechos da via foram atingidos na queda de barreiras provocadas pelas chuvas. Segundo o gerente operacional, José Zilto Barbosa Júnior, até lá prosseguem as obras para limpeza e desobstrução do leito da via. “Depois da limpeza é que vamos poder dar início aos trabalhos de recuperação propriamente dito, construindo muros de contenção”, disse o gerente. Segundo ele, a linha está operando de modo deficiente desde janeiro, quando outros trechos foram soterrados por barreiras em bairros de Maceió atravessados pela via férrea, como o Mutange. Recuperação A programação original de horários estabelecida pela CBTU prevê 22 viagens ao dia, mas estava reduzida a apenas seis por causa dessas deficiências. Um grupo de cinqüenta operários de uma empresa contratada pela CBTU está em trechos diferentes da linha férrea no povoado de Beiju de Coco, entre a Utinga e a zona urbana de Rio Largo, margeando o Rio Mundaú. As intervenções consistem em limpeza do leito da via e remoção do barro que atingiu os trilhos. O ponto mais crítico é aquele onde a erosão provocada pela chuva atingiu o lastro da via, a estrutura que sustenta a linha, sobre a qual se assentam brita, dormentes e trilhos. Barbosa prevê que essas intervenções prosseguem mesmo quando forem iniciadas as obras de recomposição. Conforme informações do gerente da CBTU, já foram efetuadas a remoção do barro e entulhos em vários pontos e a desobstrução de um bueiro próximo a Rio Largo. A partir daí, serão realizadas as obras de recuperação propriamente, que consistem na construção de muros de contenção e uma intervenção denominada de enrocamento. “Vamos colocar pedras rachão em quatro trechos entre Rio Largo e Utinga. Não é exatamente a construção de um muro de arrimo, mas esse enrocamento vai permitir que possamos dar estabilidade à barreira”. Cerca de sete mil pessoas foram atingidas com a paralisação dos trens urbanos. São moradores de bairros e povoados situados ao longo da via, que tem extensão de 32 quilômetros e possui catorze paradas. Entre os usuários estão moradores de povoados como Utinga, em Rio Largo; Fernão Velho, Vila Goiabeiras e Rio Novo, em Maceió, e bairros da região metropolitana da capital, de Bebedouro ao Mercado da Produção. O principal atrativo, segundo a empresa, é o valor da passagem, considerado baixo em comparação com a tarifa dos ônibus urbanos. Enquanto no trem os passageiros pagam R$ 0,50, nos coletivos a passagem é de R$ 1,25. O gerente lembra, porém, que nas localidades situadas fora do município de Maceió, ele pode chegar a R$ 2,85, que corresponde à tarifa de viagens interurbanas. Além disso, muitos usuários consideram o trem mais cômodo por desembarcarem em pleno centro de Maceió.

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