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Nº 5759
Cidades

Acusado da Opera��o Anaconda fica em Macei�

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Por | Edição do dia 09/06/2004 - Matéria atualizada em 09/06/2004 às 00h00

GILVAN FERREIRA MÁRIO LIMA Sob forte escolta da Polícia Federal alagoana, o juiz João Carlos da Rocha Mattos desembarcou, ontem, por volta das 21 horas, no Aeroporto Zumbi dos Palmares, de onde seguiu para a carceragem da PF, no bairro de Jaraguá, que também serviu de prisão para o traficante Fernandinho Beira-Mar. O juiz, acusado de ser o mentor da quadrilha que negociava a venda de sentenças judiciais, foi preso em novembro do ano passado em São Paulo, na Operação Anaconda da PF. Em abril deste ano, Rocha Mattos foi transferido para a superintendência da PF de Brasília. A transferência para Maceió foi determinada pela desembargadora Terezinha Cazerta, do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, responsável pelo processo contra ele e mais oito acusados da Operação Anaconda. No seu despacho, a desembargadora afirma que o juiz não deveria ficar preso no mesmo local que outros réus do mesmo processo. Além disso, o juiz vinha se envolvendo em constantes brigas na carceragem da PF de Brasília. Ele teria agredido outro preso com golpes de jiu-jitsu. A transferência de Rocha Mattos para Alagoas já estava definida havia, pelo menos, 40 dias, mas não tinha acontecido devido à greve nacional dos policiais federais. A chegada de Rocha Mattos vinha sendo cercada de sigilo. Ele deveria ter desembarcado no último fim de semana no aeroporto Zumbi dos Palmares, mas isso não aconteceu devido a detalhes operacionais. Rocha Mattos desembarcou em Maceió, em um jatinho da Polícia Federal, por volta das 21 horas. Ele foi escoltado por três equipes da Polícia Federal, comandadas pelo delegado Marco Antônio Pereira. Rocha Mattos chegou ao aeroporto algemado e evitou falar com a imprensa. Alagoas Foi a partir de denúncia recebida em Alagoas que a PF e a Procuradoria Geral da República deram início à Operação Anaconda, há pouco mais de dois anos. A Justiça de Maceió autorizou escutas para apurar esquema com a participação de policiais e juízes, inclusive do delegado federal, lotado na Polícia Federal de Alagoas, Jorge Luiz Bezerra da Silva. Além do juiz e de Jorge Bezerra, estão presos pelo suposto esquema o agente federal César Hermann Rodriguez, o delegado da Polícia Federal José Augusto Bellini, o empresário Sérgio Chiamarelli Júnior, o delegado aposentado da Polícia Federal Jorge Luiz Bezerra e a ex-mulher de Rocha Mattos, Norma Regina. O empresário Law Kin Chong, principal alvo da CPI da Pirataria do Congresso Nacional, preso na semana passada, também seria um dos beneficiários da quadrilha.

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