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Nº 5813
Cidades A gerente Veralucia da Silva diz que durante a pandemia, o movimento cresceu bastante

VENDA DE PRODUTOS ERÓTICOS EM ALAGOAS CRESCE NA PANDEMIA

Isolamento social por causa do coronavírus provocou “corrida” a sex shop da capital alagoana

Por Clariza Santos | Edição do dia 19/02/2022 - Matéria atualizada em 19/02/2022 às 04h00

O movimento nos Sex Shop cresceu devido à pandemia da Covid-19. De acordo com dados divulgados pela Associação Brasileira de Empresas do Mercado Erótico e Sensual (Abeme), o mercado erótico cresceu 12% em 2021. No ano anterior, o faturamento foi de cerca de R$ 2 bilhões, sendo que mais de 90% das transações foram realizadas por meio das redes sociais e aplicativos de mensagens instantâneas. Entre março e agosto de 2020, a venda de vibradores teve um aumento de 50%, de acordo com o portal Mercado Erótico. Em Maceió, a realidade não foi tão diferente, como conta a empreendedora e publicitária Greendla Mendes, 23 anos, que mantém a loja virtual Tom Quente, de produtos eróticos, desde 2017. "As vendas cresceram, principalmente pelo fato das pessoas passarem mais tempo em casa e buscarem pela renovação, além do autoconhecimento. Com as viagens proibidas, o clima mais romântico e sensual tinha que ser criado em casa mesmo". A empreendedora conta que teve uma experiência informal no segmento, onde já vendia, mas não tinha a organização administrativa necessária e, em 2019, pouco antes da pandemia, retornou da forma correta, com a ideia de empreender junto ao noivo. "Pesquisamos muito, investimos e fizemos todas as partes legais e administrativas, além de organizar a logística de entrega, atendimento e até mesmo de embalagens. Com isso, estamos desde então no mercado online." Atualmente, a loja atende online, através das redes sociais e disponibiliza um catálogo onde o cliente pode fazer o pedido de forma independente, o que ajudou durante a pandemia. "Vibradores (de pequeno porte), bullets, óleos beijáveis, velas. Em maior parte, produtos que podem ser utilizados em companhia ou a sós", revelou. Greendla diz que faz as compras em sites revendedores, em sua maioria de outros estados, como São Paulo e Rio de Janeiro. "Como em diversos segmentos, também sentimos os ajustes de preços em alguns produtos. Consequentemente, também precisamos ajustar. Além da gasolina, que influi totalmente na entrega, já que atendemos toda cidade de Maceió". A gerente da loja Apimentadas, Veralucia da Silva, 52 anos, conta que começou a empreender há 30 anos, mas no ramo do sex shop há 20 anos. "Tenho duas lojas físicas e uma virtual, sendo atualmente 60%. Durante a pandemia, o movimento cresceu bastante, com os clientes procurando produtos como vibradores, principalmente a partir do isolamento causado pela pandemia. Temos também uma grande procura pelo gel para sexo anal e os géis comestíveis para o sexo oral, esses são os três produtos mais bem vendidos". Os produtos são comprados no Sudeste e Sul, conforme Veralucia, e tiveram um reajuste. "Subiram muito, principalmente os importados, que seguem o ritmo do dólar. Procuramos segurar o máximo possível, mas infelizmente tivemos que repassar a alta dos produtos para os consumidores, muito embora boa parte assumimos com a redução dos lucros, se quiséssemos continuar no ramo". Mesmo com o crescimento na procura dos produtos eróticos, o setor não escapou da crise e, com isso, a gerente conta que teve que fazer cortes no quadro de funcionários. "Mas agora já estamos voltando a contratar. Tivemos que deixar alguns projetos parados, reduzimos o escasso da loja, negociamos com a dona do imóvel a redução do aluguel e o congelamento do mesmo, negociamos prazos maiores com nossos fornecedores, essas foram as principais atitudes tomadas para sobrevivermos a pandemia".

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