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ALAGOANO VIAJA MAIS DE 2 MIL KM DE MOTO PARA ENCONTRAR BOLSONARO

Roberto Flávio de Andrade, de 62 anos, saiu de São José da Laje para Brasília, onde foi recebido no Planalto

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Imagem ilustrativa da imagem ALAGOANO VIAJA MAIS DE 2 MIL KM DE MOTO PARA ENCONTRAR BOLSONARO
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Prestes a completar 62 anos, o alagoano Roberto Flávio de Andrade resolveu cair na estrada e, a bordo da sua moto cinquentinha, percorreu mais de 2 mil quilômetros para encontrar o presidente Jair Messias Bolsonaro, em Brasília-DF. A viagem durou 12 dias e foi a primeira das muitas aventuras que o aposentado quer viver a partir de agora.

Ele saiu do município de São José da Laje, na Zona da Mata de Alagoas, em meados de janeiro. Na estrada, onde diz ser mais feliz, seu Roberto buscou guarida em postos de gasolina, recebeu apoio de outros mochileiros e foi recebido com honras por um grupo de motoqueiros na Bahia. Na bagagem, três motivações: a vontade de ganhar o mundo, o desejo de visitar o irmão, no Distrito Federal, e o grande objetivo: conhecer o presidente do Brasil. “Peguei a BR-101 até atravessar o estado de Sergipe. Passei por São Miguel, Teotônio, Junqueiro e São Sebastião. Aí, depois, peguei a estrada no sentido Xique-Xique , na Bahia, pela rodovia conhecida como a rodovia do feijão”, conta seu Roberto, empolgado ao relembrar as primeiras das 290 horas que passou pilotando sua moto. A ideia inicial era se tornar um desbravador em um motorhome. Por essa razão, ele passou seis meses equipando uma Kombi antiga. O veículo já estava até com placa de energia solar, banheiro e isolamento. No entanto, ele precisou vender o veículo em meio à pandemia de Covid-19. Foi aí que ele comprou sua moto “cinquentinha”, apenas para se locomover na cidade onde nasceu e reside até hoje. “Aí eu estava em casa, lá em São José da Laje, e, certo dia, olhei para a moto e imaginei que ela poderia me trazer até a cidade Brasília”, conta. “Eu queria muito encontrar o presidente Bolsonaro, de quem sou seguidor. Sou seguidor do presidente desde a campanha, quando ele fez uma viagem para Roraima. Então, decidi vir encontrá-lo”, explica. O encontro entre o alagoano e o presidente Bolsonaro ocorreu na sexta-feira (11). Ele foi recebido no Palácio do Planalto e revela que entregou ao presidente uma lista de reivindicações. Observações que fez na estrada. “A recepção do presidente foi, inicialmente, muito formal. Como tem que ser. Até porque ele não é um qualquer, ele é o cara, é o presidente da República Federativa do Brasil”, conta, orgulhoso. “Mas conseguimos quebrar essa formalidade por vários minutos, ele deu várias gargalhadas na conversa, foi uma conversa boa danada”, afirma Roberto, que continua. “Não poderia vir ao centro do poder nacional, onde trabalha um dos maiores presidentes que o país já teve, e deixar de conhecer ele”, completa o motociclista.

AJUDA PARA VOLTAR

Para compartilhar as experiências e histórias que encontrou no caminho, ele deu continuidade ao antigo projeto de ter um canal no YouTube. Na marca do canal, chamado “Vivendo Mundo A Dentro”, onde antes figurava uma Kombi, agora se vê uma cinquentinha, pois a vida em duas rodas conquistou de vez o coração do alagoano.

“A viagem foi ótima e valeu muito a pena. Fiz amizades, encontrei pessoas ótimas. Na cidade de Propriá, conheci pessoas muito boas, como a Bárbara, que é uma representante comercial. Em Xique-Xique eu conheci o presidente de um grupo de motoqueiros, o grupo Naja. E tem o pessoal dos postos de gasolina. Em Iporá, na Bahia, eu dormi no sofá de um posto”, conta. “Quero continuar viajando de moto. Ela entra em qualquer lugar, é mais fácil manobrar e dar manutenção”, completa.

Tanto para ir como para voltar, seu Roberto conta apenas com a ajuda da família e de amigos, que doaram dinheiro para garantir o sustento na estrada. Ele, inclusive, pede doações para continuar viajando e compartilhando seus feitos no YouTube. Para a viagem de volta, que deve começar nesta segunda-feira (21), ele diz ter apenas R$ 400. “Eu sou aposentado, minha aposentadoria é pouca, e tem ainda os empréstimos que fiz e desconta. A volta vai ser difícil, a marca da moto não quis me ajudar em nada. A moto quebrou e foi a família quem ajudou a consertar. Agora é torcer para não quebrar de novo. quem puder me ajudar pode ajudar pelo pix, que é o 208.156.034-87”, diz. “É que eu sempre gostei de viajar, mas nunca pude. Eu não tenho dinheiro, mas sou uma pessoa que tem respeito e faço amizades. Não abro mão disso. Até chegar aqui foi muita coisa, dá um livro”, finaliza o motoqueiro alagoano.

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