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Nº 5883
Cidades

MACEIÓ REGISTRA EM UMA HORA MAIS DE 60% DAS CHUVAS PREVISTAS PARA O MÊS

Temporal alagou ruas, principalmente na parte baixa da cidade, e derrubou uma casa no Jacintinho

Por thiago gomes | Edição do dia 22/02/2022 - Matéria atualizada em 22/02/2022 às 04h00

A chuva que caiu na Região Metropolitana de Maceió, na noite desse domingo (20), e que pegou muita gente de surpresa, é uma típica chuva de verão, conforme o meteorologista Vinicius Pinho, da Sala de Alerta da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh). Ele diz que em uma hora, choveu 38,2mm, o que corresponde a 63,6% do que o volume esperado para todo o mês de fevereiro (60mm).

O temporal alagou diversas ruas, principalmente na parte baixa da cidade, e derrubou uma casa no Jacintinho. Os moradores foram socorridos por vizinhos e ninguém ficou ferido. O meteorologista explica que a chuva de verão cai devido ao forte calor e à unidade relativa do ar. É o que os especialistas chamam de gradiente de temperatura.

“Quando eu falo de gradiente eu me refiro à diferença de temperatura do dia para a noite. Muito quente durante o dia, com céu claro e poucas nuvens, e durante a noite, acaba por resfriar mais”, esclarece.

Segundo ele, estes fatores, quando se combinam, acabam por formar nuvens de grande desenvolvimento vertical, geralmente associadas a pancadas fortes e rápidas de chuvas, sem falar na incidência de raios. O meteorologista informou que havia previsão de pancadas de chuvas em Maceió, mas não no mesmo volume de chuvas registrado na noite de domingo.

A tempestade pegou muita gente de surpresa, alagou ruas inteiras - impedindo o fluxo normal dos veículos -, e invadiu áreas comuns de condomínios residenciais e de estabelecimentos comerciais. Acompanhado de raios, relâmpagos e trovões, o temporal também danificou a rede elétrica e deixou várias comunidades sem energia, prejudicando o funcionamento das escolas e de inúmeras empresas.

CASA DESABA

Uma residência que fica numa encosta no Conjunto José da Silva Peixoto, no Jacintinho, desabou com as chuvas. Por sorte, os moradores não ficaram feridos, mas perderam todos os móveis. Uma cratera se abriu no bairro, por volta de meia-noite, e a comunidade culpa a força da água. Na orla marítima, lotada de visitantes, muita gente teve que andar a pé, em alguns trechos, em meio à água na altura dos joelhos. Condôminos de vários prédios da parte baixa foram surpreendidos com uma enxurrada. A força era tão grande que descia dos elevadores. Alguns motoristas, desavisados dos pontos de alagamentos, tiveram que retornar na contramão nas vias, tomadas pela lama e pela água acumulada.

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