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CURVA DE MORTES POR COVID SEGUE ALTA, MAS VAI COMEÇAR A CAIR, DIZ ESPECIALISTA

Quadro de óbitos reflete alta de casos de duas semanas atrás por causa do tempo de evolução da doença

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Imagem ilustrativa da imagem CURVA DE MORTES POR COVID SEGUE ALTA, MAS VAI COMEÇAR A CAIR, DIZ ESPECIALISTA

O Boletim Epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde tem mostrado, na última semana, duas situações distintas em Alagoas – média de casos confirmados de Covid em queda acentuada – média diária de 312,8, considerando os últimos cinco dias (18/22); mortes em alta, na casa das 11 por dia, no mesmo período. Especialista ouvido pela Gazeta atribui a situação à trajetória comum à infecção por coronavírus e no momento, à variante Ômicron.

As mortes demoram mais a decrescer porque seguem o tempo de evolução da doença, média de duas semanas entre infecção, agravamento, quando é o caso, e morte. Quando analisa o perfil das pessoas mortas, conforme os boletins diários divulgados desde o início deste ano, também há um fator comum – a maioria (79,7% do total até o dia 17) é constituída de idosos, com prevalência de pessoas mais velhas, na faixa etária de 80 anos ou mais. O infectologista Fernando Maia explica o quadro epidemiológico.

“Esse número de mortes ainda alto, comparando com o número de casos, que tem caído bastante, é porque as mortes refletem o número de casos de duas semanas atrás, que é mais ou menos o tempo que o paciente leva para começar a adoecer, complicar e - infelizmente - vir a óbito, mais ou menos duas semanas. Então esse número alto ainda reflete o número de casos de duas semanas atrás”, justifica o médico.

O médico analisa que o cenário atual segue as características observadas nos lugares onde a variante Ômicron já perdeu força. “A expectativa é que nos próximos dias, o número de mortes comece a cair. A tendência, o que a gente espera, é que o número de mortes comece a cair nos próximos dias, à medida que vai refletindo a queda do número de casos, a gente espera que aconteça isso nos próximos dias”, informa.

Questionado sobre o perfil das pessoas que morreram em consequência da Covid-19, no atual momento da pandemia, ele diz que este quadro também é caraterístico deste momento. Com a maioria da população da vacinada, os mais idosos, com menor resposta imunológica, são mais suscetíveis ao agravamento da doença.

“Quem está evoluindo a óbito por Covid-19 são exatamente aqueles pacientes que se espera que evoluam a óbito, que são os pacientes mais idosos, já muito debilitados, com comorbidades. Ou seja, são os pacientes que respondem menos à vacinação, e são esses pacientes que estão morrendo, infelizmente, da Covid. Os pacientes que têm um risco de morte alto já por sua própria condição física. A Covid é apenas o fator principal que, infelizmente, leva a óbito”, explica Fernando Maia.

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