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ALAGOAS TEM MAIS DE 200 PESSOAS NA FILA POR TRANSPLANTE DE MEDULA

Campanha Fevereiro Laranja incentiva a doação de medula óssea, importante para pessoas com leucemia

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Alagoas tem 207 pessoas na fila por transplante de medula óssea, de acordo com dados do Hemocentro de Alagoas (Hemoal). Em Alagoas, o cadastro para a doação de medula óssea é realizado no Hemoal de Maceió ou Arapiraca.

O voluntário deve ter entre 18 e 55 anos de idade, estar com a saúde em bom estado, não ter doença infecciosa ou que incapacite, não estar com câncer e não possuir doenças do sistema imunológico e hematológicas, além de realizar a doação de 5 ml de sangue para que o código genético seja analisado.

“É realizada a coleta de amostra de sangue para testes de compatibilidade. Os dados são incluídos no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome). Caso seja identificada compatibilidade, o doador será contatado para realizar outros testes”, explicou a gerente do Hemoal, Verônica Guedes.

A campanha ‘Fevereiro Laranja’ incentiva a doação de médula óssea. Por isso, para a hematologista Thiana Marinho, ao contrário de outras campanhas de saúde, que destacam a importância do diagnóstico precoce de doenças, a campanha é solidária e visa conscientizar e sensibilizar sobre a importância de doação da medula óssea - importante para o tratamento de pacientes com leucemias e síndromes de imunodeficiência congênita.

TRATAMENTO

Nilda, de 68 anos, foi diagnosticada com Leucemia Mielóide Crônica - tipo de câncer de células do sangue raro e de progressão lenta que começa na medula óssea. A idosa vem reagindo bem ao tratamento e não precisa se submeter ao transplante. O filho dela, Silvio Leandro, de 50 anos, vem acompanhado de perto o tratamento da mãe. Ele contou como a idosa soube do diagnóstico, em 2020.

“Eu estranhava as tonturas dela, além da sonolência constante. Em novembro de 2020, ela passou mal e fomos para o hospital. No hemograma ela apresentava uma leucocitose [alto número de glóbulos brancos no sangue] grave, embora estivesse tranquila e andando naquele momento. Como já tínhamos a pandemia, o médico sugeriu um teste, que deu positivo. Ela teve os sintomas graves da Covid e precisou ser internada. Quando ela recebeu alta, o médico passou novos exames. Foi aí que descobrimos a leucemia”.

Desde então, a idosa vem se tratando com medicamentos e, a cada três meses, realiza exames de monitoramento, tudo custeado pelo plano de saúde. Nilda também passou a se alimentar melhor. Ainda segundo Sílvio, sua mãe segue forte na luta pela cura. Ela está estável.

LEUCEMIA

“A leucemia, assim como a grande maioria dos tipos de câncer, apresenta sintomas quando a doença está em fase avançada. Os principais sintomas são cansaço excessivo, febre, manchas roxas na pele, dor nos ossos e articulações, perda de peso e aumento de infecções”, explica a hematologista Thiana Marinho.

A profissional ainda destacou que o diagnóstico de leucemia é realizado por meio do hemograma, exame que verifica alterações na quantidade de leucócitos do paciente, seja acompanhada ou não da diminuição de plaquetas e hemácias. “É importante que as consultas de rotina e os exames sejam realizados periodicamente, sobretudo pessoas que apresentem algum dos sintomas”. O tratamento da leucemia é, normalmente, por meio da quimioterapia.

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