Cidades
AMBULANTES APOSTAM EM ESCOLAS PARA VENDER FANTASIAS DE CARNAVAL
Comerciantes de fantasias tentam vender estoque acumulado em dois anos sem carnaval


A essa altura do mês, às vésperas de outros Carnavais, as tradicionais fantasias estariam sendo bem vendidas nos principais polos de comércio informal e ambulantes do Centro de Maceió. Este ano, com a suspensão das festividades, comerciantes da Praça da Cadeia alegam que não investiram na compra de novas fantasias e que não estão otimistas para o período. O que está em alta, no momento, são as fantasias infantis por causa da programação nas escolas.
Irene da Silva Pinheiro, de 64 anos, que trabalha há 36 anos na localidade, conta que antes da pandemia, vendia bem mais.
“A gente não está vendendo como deveria, mas estamos vendendo. Não está tão bom o movimento porque a pandemia mexeu muito com a gente”, comenta. No estabelecimento de Irene, o que mais tem saído é fantasia infantil. Na lojinha ao lado, também e, conforme a empreendedora Roberta Dias, as escolas “salvaram o período.
“Não investimos na compra este ano. Estamos vendendo o que já tinha em estoque porque o movimento está bem parado e, por isso, preferimos não investir para não ficar guardado”, diz a vendedora.
Questionada sobre o que espera para os próximos dias, mais perto do feriado de carnaval, Roberta diz que o cenário não deve mudar muito. “Com a proximidade do Carnaval, a gente não está muito otimista porque se o movimento fosse melhorar, seria a semana toda. A gente sabe que vai vender, mas sem a empolgação dos anos anteriores”, disse.
Nos dois boxes, Irene e Roberta contam que apostam na diversidade dos produtos para atrair os clientes. “Vestidos, calças, saias e fantasias, a depender do período, para poder atrair o público”, concluiu Roberta.