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Dez mil far�o provas na disputa por um cargo da Secretaria Estadual da Fazenda

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A corrida para garantir um emprego estável e salário seguro está levando milhares de pessoas às filas de inscrição para os diversos concursos públicos em andamento no País. Em Alagoas, a situação não é diferente. Somente no Estado, mais de cinco mil vagas estão sendo ofertadas para a administração estadual. Um deles é para o preenchimento de 275 cargos na Secretaria da Fazenda (Sefaz), e para os quais é exigido nível superior, sendo a maioria de fiscal de rendas. Desde 1984 que não há concurso para suprir a carência de servidores nos diversos setores da Sefaz. A ponto de impossibilitar a implantação de novos postos de fiscalização pelo Estado, conforme informa a coordenadora técnica Rosângela Alcoforado Costa. “A realização deste concurso irá nos proporcionar a abertura de quatro novos postos fiscais, além do reforço no quadro de servidores de outras áreas da nossa secretaria”. As inscrições foram encerradas no último dia 2 com mais de 10 mil candidatos dispostos a fazer as provas para fiscal de rendas (220 vagas e salários de até R$ 3,6 mil); além de agente controlador de arrecadação e técnico em finanças, com 35 vagas e 20 vagas, respectivamente, e ambos com salários de até R$ 3 mil. Quanto às provas, as de técnicos de finanças serão realizadas no dia 4 de maio; de gente controlador de arrecadação e fiscal, dia 5, pela manhã e à tarde, respectivamente. Para o professor de Português do Sarmento Cursos, Eduardo Sarmento, os candidatos a esses concursos são, em sua maioria, pessoas desempregadas ou que estão em busca de melhores rendas, mas que se deparam com vários obstáculos, como o grande volume de conteúdo a ser superado em um curto espaço de tempo. Segundo ele, há um exagero de matérias ligadas à área jurídica nos concursos para a Secretaria da Fazenda. “Na prática, um fiscal de rendas usa o Código Tributário. Podemos citar a obrigatoriedade de conclusão de um curso de nível superior como uma outra complicação, que provoca o desinteresse de muitos em concorrer. Não somos um País de maioria universitária. Tanto, que as oportunidades de emprego para nível médio chegam a números absurdos no que diz respeito à quantidade de concorrentes”. Eduardo Sarmento vê a estabilidade proporcionada pelos concursos como o principal motivo determinante para aqueles que dedicam horas e horas de estudo a fim de obter a tão desejada vaga no emprego público. E não considera o número de inscritos um fato assustador, “porque apenas 5% dos concorrentes estão realmente aptos a responder as questões com segurança”. Já o professor de Contabilidade Plínio Feitosa, do Curso Essencial - outro cursinho preparatório para concursos em geral -, também acha o prazo de dois meses e meio curto para os inscritos apreenderem, de forma satisfatória, todos os assuntos das 17 disciplinas que compõem as provas de seleção para a Sefaz. “Concordo que o nível do concurso deva ser elevado, apenas discordo do prazo entre a publicação do edital e a realização das provas. Creio que os governos federal, estadual e municipal têm condições de saber, dentro de um prazo mínimo de seis meses, se há ou não carência de pessoal nas repartições públicas. Dentro de um semestre, as pessoas teriam condições de absorver todos os assuntos e elevar a qualidade das notas. Hoje em dia, a necessidade de preenchimento de vagas no serviço público é imediata e surge ao mesmo tempo em diversos campos”. O professor Feitosa observa que há quem se preocupe em verificar constantemente assuntos referentes a algumas áreas de Direito como tributária, constitucional e administrativa, além de Português e Contabilidade, matérias básicas em uma seleção como esta, por considerar que estarão mais preparados que as outras pessoas. Na busca pela aprovação, muitos estão recorrendo aos cursinhos especializados em concursos públicos. É o caso, por exemplo, do advogado Gregório Caldas, aluno do Sarmento Curso. Ele diz que participa, pela segunda vez de um concurso público, embora discorde de algumas normas. “Deveria haver uma lei proibindo os aposentados e quem já trabalha em outra função de concorrer com as pessoas que estão realmente precisando de uma chance no mercado de trabalho”. Sua colega de turma, a advogada e administradora Raquel Ventura, outra que aspira por melhores salários, acha justa a oportunidade tanto para empregados quanto para desempregados.

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