ALAGOANOS PAGARÃO MAIS CARO POR REMÉDIOS A PARTIR DE SEXTA-FEIRA

O consumidor alagoano deve pagar mais caro por medicamentos a partir da próxima sexta-feira (1°) quando entra em vigor, em todo o país, a autorização para o reajuste dos remédios pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED). A previsão do mercado é que o reajuste fique em torno de 10,5%, o que deve elevar a preocupação dos alagoanos em relação aos gastos com remédios.

O reajuste anual dos preços de medicamentos é definido considerando a inflação, além de outros indicadores do setor, como explica o presidente do Conselho Regional de Farmácia de Alagoas (CRF/AL), Daniel Fortes.

Daniel também informa que essa mudança nos valores era esperada. “As matérias-primas para produção subiram muito no exterior, devido à alta demanda causada pela pandemia”. No ano passado, o reajuste autorizado foi de até 10,08% para os medicamentos, ante uma inflação de 4,52% no ano anterior.

Por meio do CMED, órgão vinculado à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o governo controla o reajuste de preços de medicamentos periodicamente – estabelecendo o aumento máximo que esses produtos podem atingir no mercado brasileiro.

O economista Túlio Arantes aconselha os alagoanos a pesquisarem preços e optarem por remédios genéricos e similares. “Uma coisa que poucas pessoas sabem é que se tabela apenas o valor máximo dos remédios, mas o mínimo as farmácias podem estabelecer de acordo com suas estratégias comerciais”, analisa.

Proprietário de uma rede de farmácias na capital, João Teixeira estima que os reajustes devem ser repassados, no mais tardar, até segunda-feira (04). “Como o pronunciamento aconteceu no final da semana, ainda não deu tempo de realizar as mudanças, mas, sexta ou segunda, o consumidor já pode se deparar com um novo valor”, afirma. Ele também espera pela tabela de preços com o reajuste.